A angustia pela falta de informação do paradeiro de pessoas que se ama, foi a principal motivação do Ministério Público do Acre, que divulgou nesta quinta-feira, 26, uma campanha de apoio para encontrar pessoas desaparecidas no estado.
A campanha que tem como tema: “Saudade: essa dor pode acabar”, tem o objetivo de dar visibilidade ao drama vivenciado pelas famílias, sensibilizando a sociedade a respeito do problema, além de divulgar informações sobre o que fazer diante dessas situações.
Slogan da campanha do Ministério Público. Foto: MPAC
Segundo informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, o Brasil registra em média, 200 desaparecimentos por dia. Já no Acre, somente em 2021 foram registrados 330 desaparecimentos, número que corresponde a um aumento de 42,1% em relação ao ano anterior.
Essa realidade de desconhecimento de um familiar é sentida na pele pelo morador da capital acreana, Aurimar França, que desde agosto de 2022 não sabe o paradeiro da sobrinha, Adriana Gomes Batalha. O morador de Rio Branco destaca que é um grande sofrimento para a família, “nós sofremos muito com isso, especialmente a mãe dela, não sei nem descrever a dor da minha irmã, mas mantemos a esperança de encontrá-la”, diz o tio da garota.
O MPAC desde 2017 integra o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), criado a partir de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que desenvolve o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID).
Desse modo, o MPAC visa dar destaque a essa causa social que integra o Sinalid e atualmente é gerenciado pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) que no ano passado, em contato com as redes do Ministério Público promoveu o reencontro após 33 anos de desaparecido de Licerio da Silva com sua família.
Como ajudar
Para informar o desaparecimento de alguém, é preciso procurar a delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência, não sendo necessário esperar 24 horas para registar o sumiço de uma pessoa.
Mas é fundamental para descobrir o paradeiro da pessoa, que seja fornecido o máximo de informações como características físicas, cor e modelo de roupa que a pessoa usava quando foi vista pela última vez, bem como, a região onde a pessoa se encontrava.
Também é possível ajudar acionando o MPAC por meio dos telefones 68 99219 1040 ou 68 3212 2068, ou ainda pelos e-mails: plid@mpac.mp.br e nat@mpac.mp.br.