Mulheres indígenas compartilham desafios climáticos e ensinamentos ancenstrais em documentários

Redação Planeta Amazônia

Mulheres indígenas do Maranhão têm usado o audiovisual como ferramenta para compartilhar com o mundo suas experiências com as mudanças climáticas e suas tradições. Essas iniciativas resultaram na produção de documentários que destacam a resiliência e o protagonismo das mulheres na defesa de seus territórios. Com o apoio do Fundo Casa Socioambiental, projetos liderados por essas mulheres têm fortalecido a cultura local, gerando impacto significativo e perpetuando legados ancestrais também nas telas.

Os documentários destacam a resiliência e o protagonismo das mulheres na defesa de seus territórios/foto: Acervo_Fundo Casa Socioambiental

Um dos projetos apoiados é o “Projeto Mulheres Indígenas na Salvaguarda do Artesanato Guajajara na TI Araribóia” e o outro é o “Projeto AMIMA ampliando e fortalecendo o debate sobre REDD+ e mudanças climáticas nos territórios indígenas do Maranhão”. Os trabalhos realizados pelos projetos resultaram na produção do minidocumentário intitulado de “Ka’a Wi Zemukatu Haw Ur Tentehar Wanupe – Medicina Tradicional Indígena,” que retrata as práticas de cura e os saberes ancestrais do povo Tenetehar (Guajajara), com foco no uso de plantas medicinais para preservar a saúde e a cultura. O conteúdo, O conteúdo gravado na Aldeia Lagoa Quieta, TI, no Maranhão está disponível aqui.

A produção audiovisual é uma expressão artística do impacto desses projetos, guiados pela sabedoria da liderança indígena Haidzmora Cintia Guajajara, e da roteirista e jornalista Isabel Babaçu, que documentaram as expedições dentro da floresta, as oficinas de coleta de sementes e plantas medicinais, além de testemunhos de anciãos e brigadistas da TI Araribóia.

Um segundo trabalho feito é o minidocumentário, “Mulheres Indígenas: Diálogos Sobre Mudanças Climáticas e REDD+ | TI Araribóia”, que foi criado com o objetivo trazer visibilidade a temas que até então eram pouco abordados em algumas regiões, especialmente na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão. Nessa produção, as mulheres indígenas contam as principais mudanças no ambiente onde vivem devido às transformações climáticas, como a falta de chuva que tem impactado as plantações de consumo e secado o rio em torno. Com produção de Articulação de Mulheres Indígenas no Maranhão – AMIMA, o conteúdo foi produzido na Aldeia Lago Branco, TI Araribóia, no Maranhão, e pode ser visto aqui .

Para Rodrigo Montaldi, gestor de programas do Fundo Casa Socioambiental, os documentários são uma poderosa ferramenta para fortalecer a identidade e a autonomia das mulheres indígenas. “Esses documentários permitem que as comunidades falem por si mesmas, apresentando suas realidades e soluções baseadas no seu conhecimento tradicional. Isso gera um impacto profundo, tanto
nas comunidades quanto no público que os assiste”, explica Rodrigo Montaldi, gestor de programas do Fundo Casa Socioambiental.

By emprezaz

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Postagens relacionadas