Há 16 dias para o fim do governo de Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) lançou um plano de combate ao desmatamento da Amazônia, denominado “Plano Nossa Amazônia”, que propõe o reflorestamento da região, que nos últimos anos vem tendo números recordes de devastação.
Entre as propostas do plano que objetiva a proteção das áreas verdes das Amazônia está a volta do Fundo Amazônia, que foi congelado pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, a expansão do monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a criação de um plano de ação que vise a diminuição do desmatamento na região.
Desmatamento da Amazônia bate recorde em 15 anos. Foto: FLORIAN PLAUCHEUR / AFP
O vice-presidente colocou ainda o fortalecimento dos órgãos de proteção ambiental, com novos recursos, contratação de servidores e uma melhor infraestrutura aos locais. Porém, com o governo vigente, o orçamento dos órgãos ambientais foi o menor em 17 anos, segundo um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Socioambiental (ISA).
A iniciativa foi apresentada pelo vice-presidente na última reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), do qual ele é presidente. O “Plano Nossa Amazônia” elogia a militarização do combate ao desmatamento pelos “bons resultados alcançados”.
O desmatamento na Amazonia é uma realidade, o Inpe aponta que a Amazônia bateu recorde de desflorestamento em 15 anos, com mais de 13 mil km2 de vegetação perdida em 2021. Nos últimos quatro anos, foram mais de 45 mil km2 de devastação no bioma.