Cassandra Castro
Neste sábado, dia 20 de maio, a capital do Tocantins, Palmas, completa 34 anos de existência. A cidade, a exemplo de Brasília, nasceu com destino certo e planejado: ser a capital do Tocantins que surgiu do desmembramento do estado de Goiás pela Constituição de 1988.
O professor de história e geografia, Junio Batista do Nascimento, conta que a luta pela criação do Tocantins aconteceu desde o século XVIII e foi seguindo até o século XX, quando finalmente a ideia se concretizou.
Quando houve a eleição para escolha do governador do recém criado estado brasileiro, o candidato vitorioso, Siqueira Campos, apresentou ao então presidente da República, José Sarney, a ideia de construir uma cidade para se tornar a capital do Tocantins. Sarney então nomeou uma capital provisória, Miracema, enquanto Palmas ainda seria construída.
A capital do Tocantins carrega no seu DNA toda uma concepção ambiental que reflete bem as preocupações da época em que foi criada. Era o fim dos anos 80 e todos discutiam os temas ligados à Eco 92, Conferência Mundial que tratou sobre o meio ambiente, assunto que começava a despertar o interesse da sociedade. A temática ambiental influenciou no nascimento da cidade, explica Junio Batista. “ Por isso que a cidade tem vários corredores de áreas verdes, esses corredores têm um rio e uma mata ciliar para melhorar o clima, o microclima e para melhorar também a questão da água para abastecer a cidade”, afirma. A cidade conta com quase 314 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística( IBGE).
Para o professor , Palmas cresceu muito rápido e fora do que estava previsto, o que trouxe algumas problemas como espaçamento vazio, ocupações irregulares e bairros periféricos. Mesmo assim, a cidade é um convite para quem aprecia belezas naturais que são abundantes no Tocantins.
Áreas de Proteção Ambiental também fazem aniversário
Com rica biodiversidade e mananciais de água, APAS Ilha do Bananal/Cantão e Serra do Lajeado, também festejam aniversário neste dia 20 de maio. Elas completam 26 anos de criação. Instituídas pelo Governo do Tocantins e geridas pelo Instituto Natureza do Tocantins ( Naturatins), as APAS foram criadas para assegurar o uso sustentável dos recursos naturais associados à conservação e preservação ambiental .
Além de compor uma rica biodiversidade, as duas APAs compartilham de uma característica em comum: ambas buscam aliar o desenvolvimento socioeconômico desses espaços, com a conservação e preservação de seus recursos naturais. Considerada a maior UC do Tocantins, a APA Ilha do Bananal/Cantão contribui de forma direta para a manutenção da biodiversidade do Parque Estadual do Cantão, cuja zona de amortecimento localiza-se em seus limites.
O rico ecossistema da APA Serra do Lajeado é formado por serras com inúmeros sítios arqueológicos, fauna, vegetação exuberante, além de água em abundância, que abastece a região.