Redação Planeta Amazônia
Desde o fim de agosto, as altas temperaturas têm secado lagos e rios da região norte, uma imagem desoladora para quem conhece a fartura de água que sempre esteve presente nos rios caudalosos da região Amazônica. Todos os dias, a imprensa mostra relatos de comunidades isoladas, animais morrendo e dificuldade de acesso a itens básicos como água potável, alimentos e serviços de saúde e educação. Mais de meio milhão de pessoas sofrem com a estiagem e seca históricas dos rios Solimões, Negro e Amazonas, e a situação já se alastra para boa parte do bioma amazônico e atinge também outras regiões como a do Marajó no estado do Pará.
Para Erivan Moraes de Almeida, que é pescador e vive na região, é desolador ver a situação de quem vive nessas comunidades e sente na pele as consequências das mudanças climáticas severas.
“Não temos acesso à água, as queimadas são constantes, a situação da produção do escoamento da produção está muito complicada. Está muito atrasado com as medidas a serem tomadas, o que precisa fazer agora urgente, seria que os governantes das entidades da prefeitura, ajudassem com alimentação e água potável”, complementa.
Numa iniciativa conjunta, a Rede Eclesial Pan-Amazônica Brasil (REPAM-Brasil), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto à Cáritas Brasileira, lançou a Campanha “SOS AMAZÔNIA: DEFENDA A VIDA, APOIE AGORA!”. A campanha de doação arrecada recursos que as três organizações estão mobilizando e distribuindo para as comunidades que estão sendo mais afetadas como forma de dar apoio às famílias afetadas pela seca.
“Falar das consequências da seca no estado do Amazonas é deixar sair a voz do nosso coração timidamente sofrido, porque o povo está sofrendo, os ribeirinhos estão sofrendo. Essa seca é uma das maiores secas que a população ribeirinha aqui no Amazonas está passando e especialmente na região de Tefé. Os barcos não podem navegar porque não tem espaço, existem muitas famílias isoladas, as crianças não podem ir à escola, nós estamos passando por uma situação que precisaria que o Brasil inteiro olhasse para o povo vive da pesca, vive do rio, o Rio é a rua dessas comunidades. Necessitamos juntos ter mais solidariedade e comunhão em defesa da vida dos povos e também da vida de nossos rios”, destaca José Altevir, bispo da Prelazia de Tefé, membro da REPAM-Brasil.
As doações podem ser realizadas através das seguintes contas:
Banco do Brasil
Agência – 0452-9
Conta Corrente: n° 52.755-6
Pix: 33.654.419.0001-16 (CNPJ)
Caixa Econômica Federal
Agência – 1041
Operação – 003
Conta Corrente: 3573-5
Sobre a REPAM –Brasil
A Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil constitui um serviço da Igreja no Brasil para os povos da Amazônia. É um esforço da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), das Igrejas Particulares (dioceses e prelazias), paróquias, comunidades, organizações sociais, cooperadores nacionais e internacionais para a defesa dos direitos humanos de mulheres e homens, ribeirinhos, indígenas, quilombolas, extrativistas, pescadores, e tantas outras expressões e trajetórias de vida emersas na Amazônia.