Redação Planeta Amazônia
A Ourivesaria de Natividade, tradição que preserva técnicas seculares de trabalho em ouro e prata no sudeste do Tocantins, foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil. A decisão foi aprovada por unanimidade na terça-feira, 25 de novembro, durante a 111ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada na sede do Iphan, em Brasília.
O processo de registro, iniciado em 2007, recebeu parecer favorável e agora integra o Livro de Registro dos Saberes. Com isso, o ofício desempenhado pelos mestres ourives de Natividade passa a ser reconhecido como expressão fundamental da memória, da identidade e da diversidade cultural do país.
A sessão, transmitida pelo canal do Iphan, contou com conselheiros, especialistas e representantes de instituições culturais de todo o Brasil. A Secretaria da Cultura do Tocantins acompanhou a votação de forma online e destacou a relevância do reconhecimento para o fortalecimento das políticas de preservação no estado.

Representando Natividade, participaram da comitiva Alessandro Lopes (Iphan), Tino Camelo (Secult Natividade), Cejane Pacini (Iphan), Noeci Carvalho (UFT), Ney Clara (consultora), Simone de Natividade (ASCCUNA), Danilo Curado (superintendente do Iphan no Tocantins) e o mestre ourives Wal.
Saberes que atravessam gerações
A Ourivesaria de Natividade é considerada uma das práticas culturais mais representativas do Tocantins. O trabalho artesanal minucioso, transmitido ao longo de gerações, mantém viva a memória do antigo arraial e guarda referências históricas que remontam ao período colonial. O reconhecimento nacional reforça a importância de ações contínuas de salvaguarda e valorização dos mestres e de suas comunidades.

