Parque de Bioeconomia da Amazônia atrai mais de 13 mil visitantes e se consolida como polo de inovação em Belém

Redação Planeta Amazônia

Mais de 13 mil pessoas visitaram o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em Belém, desde o início do funcionamento, em outubro. Entre os visitantes, esteve o ex-vice-presidente dos Estados Unidos e referência mundial no debate climático, Al Gore, o que reforçou o protagonismo do Pará na construção do Vale Bioamazônico.

Durante a COP30, realizada em novembro na capital paraense, o movimento no Parque foi intenso. A programação dedicada à sociobioeconomia, inovação, mercado e tecnologia reuniu mais de 30 palestrantes em 40 horas de conteúdo, consolidando o espaço como um novo polo de negócios da economia verde no Brasil.

Para o governador Helder Barbalho, o Parque representa um marco histórico. “É o mais importante equipamento de bioeconomia do mundo, resultado de um investimento com o propósito de promover a escalabilidade e a transformação produtiva de itens da floresta, com tecnologias de ponta disponíveis no mercado nacional e internacional”, afirmou.

foto: Marcelo Lelis_Ag. Pará

A secretária-adjunta de Bioeconomia da Semas, Camille Bemerguy, destacou que o Parque já se consolida como ambiente de negócios, convivência e inovação. Segundo ela, o espaço evidencia o potencial tanto da bioeconomia da floresta quanto da bioeconomia urbana, fundamentais para garantir prosperidade e justiça social na região.

A estrutura também atrai o público que frequenta o complexo Porto Futuro, onde o Parque está instalado. Visitantes como Alexandre Santos destacaram a possibilidade de acompanhar de perto a criação de novos produtos a partir de materiais da própria Amazônia, ampliando oportunidades e ideias para futuros empreendimentos.

Considerado o maior centro de bioeconomia da América Latina, o Parque promoveu, em novembro, atividades voltadas ao desenvolvimento sustentável, com debates estratégicos e lançamentos importantes, como o Programa Prospera Sociobioeconomia, do governo federal. O encontro reuniu iniciativas voltadas a uma economia mais justa e inclusiva, com participação de instituições de ensino, setor financeiro, organizações parceiras e comunidade local.

Além de painéis e palestras, o espaço recebeu visitas institucionais guiadas pelo governador Helder Barbalho e por Marcos Da-Ré, diretor do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI, responsável pela gestão do complexo. Entre as delegações, esteve a Coalizão LEAF, que reúne governos e grandes corporações de países como Noruega, Reino Unido, Estados Unidos e Coreia do Sul. O vice-presidente executivo do CAF — Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, Christian Asinelli, também conheceu as instalações em agenda que incluiu discussões sobre futuras cooperações internacionais.

foto: Marcelo Lelis_Ag. Pará

As comitivas visitaram o laboratório-fábrica localizado no Armazém 6, considerado o centro de transformação tecnológica do Parque. O espaço conta com equipamentos voltados à pesquisa, prototipagem e produção experimental de alimentos, cosméticos e químicos finos a partir de insumos florestais.

O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Andreas Bjelland Eriksen, também conheceu o Parque e destacou a qualidade da infraestrutura, além do alinhamento com a visão de que a floresta deve gerar oportunidades econômicas para ser preservada.

Outro momento de destaque foi o encontro entre Helder Barbalho e o governador da Califórnia, Gavin Newsom, quando foi firmado um memorando de entendimento entre Pará e Califórnia. O acordo prevê cooperação em prevenção e resposta a incêndios florestais, proteção de áreas naturais, fortalecimento da bioeconomia e estímulo à pesquisa e à inovação no âmbito do Vale Bioamazônico, conectando a biodiversidade amazônica ao ecossistema tecnológico do Vale do Silício.

O fortalecimento das comunidades que vivem na floresta é um dos pilares do Parque, com foco na ampliação da capacidade de gestão e geração de negócios. A meta é estruturar uma cadeia produtiva integrada, da comunidade à indústria, fortalecendo cooperativas e garantindo participação ativa dos povos da floresta na distribuição do valor gerado.

A movimentação intensa desde a inauguração reforça o papel do Parque como projeto estruturante, concebido para transformar a biodiversidade da Amazônia em produtos, tecnologias e novos modelos de negócio. O espaço representa um padrão inédito de integração entre ciência, mercado e saberes tradicionais, posicionando o Brasil como referência global em bioeconomia e desenvolvimento sustentável.

Mais que uma infraestrutura, o Parque consolida um novo paradigma socioeconômico para a região, ao aproximar inovação, conservação ambiental e participação comunitária. O resultado aponta para um modelo de prosperidade que mantém a floresta viva.

By emprezaz

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