Redação Planeta Amazônia
Pioneiro no mundo, o novo Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia foi inaugurado neste mês de outubro pelo Governo do Pará, consolidando-se como referência global em desenvolvimento sustentável e epicentro da bioeconomia no Brasil. O espaço nasce como o maior polo do segmento na América Latina e o único parque tecnológico do planeta que utiliza o potencial da floresta para beneficiar comunidades tradicionais e startups.
De acordo com a secretária adjunta de Bioeconomia da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), Camille Bemerguy, o parque simboliza um novo ciclo de desenvolvimento para a região. “A bioeconomia é a chave da transição que precisamos fazer: ela transforma a floresta viva em fonte de renda, emprego, conhecimento e inovação, sem precisar ser destruída. O parque representa um compromisso com o futuro e o bem viver da população amazônica, garantindo que comunidades e povos tradicionais sejam protagonistas dessa transição verde”, afirmou.
Para Leonardo Modesto, chefe de cozinha, agricultor e fundador da startup Maniua, o espaço é uma oportunidade inédita de unir saberes tradicionais e tecnologia moderna. “No Parque de Bioeconomia, conseguimos fundir os dois e levar para o mundo. Isso representa um salto não só na bioeconomia, mas na sustentabilidade da comunidade”, destacou.

Estrutura moderna e integrada
Instalado nos armazéns 5 e 6 do Complexo Porto Futuro, o parque abriga diversos centros voltados à inovação. O Armazém 5, chamado Centro de Negócios, reúne o Centro de Sociobioeconomia e o Centro de Gastronomia Social, com coworkings, incubadoras, aceleradoras, fundos de investimento, showroom e salas para eventos. O espaço também conta com o Balcão Único, que conecta empreendedores a soluções tecnológicas e produtivas.
Já o Armazém 6 abriga o Laboratório-Fábrica, integrado ao Centro de Inovação. Trata-se de uma planta-piloto voltada à produção experimental de alimentos, cosméticos e químicos finos a partir de insumos florestais. O local também possui um Showroom de Inovação, vitrine de tecnologias verdes e novos produtos para investidores e parceiros.
A empreendedora Juliana Monteiro, da marca Jucarepa, destacou o impacto positivo da iniciativa. “O parque possibilita que empresas que trabalham com insumos da sociobiodiversidade amazônica possam agregar valor à produção e ter acesso a maquinários de alta tecnologia. O que antes precisávamos buscar fora do Estado, hoje conseguimos aqui, preservando a floresta e as pessoas da floresta”, afirmou.

Avanço da bioeconomia paraense
O crescimento do setor confirma o protagonismo do Pará. Em 2019, o Estado registrava cerca de 80 negócios ligados à bioeconomia. Em 2025, o número saltou para 300 empreendimentos ativos, demonstrando a força do novo modelo econômico sustentável na região.
Palavras-chave:
bioeconomia; inovação; Amazônia; sustentabilidade; startups; desenvolvimento; sociobiodiversidade
Legenda curta para foto:
Parque de Bioeconomia impulsiona negócios sustentáveis e conecta comunidades amazônicas à inovação.

