Redação Planeta Amazônia
A adoção de práticas agropecuárias regenerativas impulsionou em 64% a produtividade da pecuária familiar na Amazônia. O avanço é resultado do projeto RestaurAmazônia, desenvolvido pela Fundação Solidaridad com apoio do Fundo JBS pela Amazônia, que investiu mais de R$ 21 milhões entre 2021 e 2025. A iniciativa beneficiou 1.408 famílias na região da Transamazônica (PA) e promoveu boas práticas de manejo em 21 mil hectares
O modelo implementado combina sustentabilidade e diversificação produtiva, transformando pastagens degradadas em lavouras de cacau de alta qualidade — com potencial de gerar até quatro vezes mais renda por hectare. Além de elevar os ganhos, o projeto reduz a pressão por desmatamento e consolida um modelo escalável de uso eficiente da terra.
“Os números reforçam que a produção na Amazônia pode ser rentável e regenerativa”, afirmou Lucas Scarascia, gerente executivo do Fundo JBS pela Amazônia. “O produtor familiar é protagonista da agenda climática global, gerando riqueza com a floresta em pé e recuperando áreas degradadas.”
A iniciativa já restaurou 1.218 hectares com Sistemas Agroflorestais (SAFs) de cacau e promoveu manejo sustentável em mais de 19 mil hectares de pastagens e lavouras. A estratégia inclui assistência técnica contínua e acesso a mercados especializados, como o segmento bean-to-bar, que valoriza a produção artesanal de chocolates e multiplica a renda dos produtores.
Segundo Rodrigo Castro, diretor da Fundação Solidaridad, o sucesso está na atuação local e na qualificação técnica: “Garantimos que as famílias adotem práticas de baixo carbono e atinjam um novo patamar de qualidade e estabilidade econômica”.
Os resultados do RestaurAmazônia reforçam o papel da agricultura familiar na transição climática e dialogam com as metas que serão debatidas na COP30, como o incentivo ao crédito verde e à agricultura de baixo carbono.

