Redação Planeta Amazônia
Pescadores de Juruá (distante 674 quilômetros de Manaus) se preparam para iniciar, neste mês, a cota experimental do pirarucu em sete lagos do município. Com previsão para acontecer até novembro, com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), a atividade será possibilitada por meio do Acordo de Pesca de São Sebastião de Tamanicuá, que prevê, por ano, a captura de, no máximo, 30% da espécie nas localidades.
Conforme a Gerência de Apoio à Pesca e Aquicultura do Idam (Geape), a cota experimental possibilitará a contagem de pirarucu nos lagos Gracy, Ressaca e Teiú, designados como áreas de manutenção; Reis e Joarizal, reservados como área de procriação do pescado; e Tamanicuá, destinado à pesca manejada da espécie.
“A atividade é resultado de um trabalho iniciado em 2020 e que começa a atender de forma prática os pescadores da região, que atuaram do manejo do pirarucu, de acordo com a legislação ambiental vigentes e de forma sustentável e organizada”, disse a tecnóloga em aquicultura do Idam, Alcimara de Lima.
Alcimara destaca que durante a cota, o Idam prestará toda a assistência necessária aos pescadores, que, inclusive, são assistidos pelo instituto desde o início das “costuras” para o Acordo de Pesca de São Sebastião de Tamanicuá, iniciadas em 2020. “Vale destacar que todo esse processo foi exitoso, uma vez que em 2022, a região já contava como números necessários para a viabilidade do acordo, com a existência de 6.231 pirarucus adultos e 11.387 juvenis ou bodecos.
O Idam esclarece que a atividade visa contribuir para a pesca do pirarucu de forma ordenada e com foco na preservação da espécie. “Regulamentado pela Secretaria de Estado de Meio ambiente (Sema) e publicado no Diário Oficial do Estado, por meio de instrução normativa, em 9 de maio deste ano, o Acordo de Pesca de São Sebastião de Tamanicuá, esse é o objetivo da atividade, focada no desenvolvimento socioeconômico de forma sustentável, com trabalhadores devidamente unidos em estruturas organizadas”, finalizou Alcimara.