Redação Planeta Amazônia
A produção de café ganha força na zona rural de Rio Branco com o apoio da Prefeitura, que acompanha de perto o desenvolvimento de uma das maiores lavouras da capital. A iniciativa, liderada pela Secretaria Municipal de Agropecuária, reforça o compromisso com a agricultura familiar e aponta a cafeicultura como alternativa econômica sustentável para o Acre.
Um dos principais destaques é a propriedade do produtor rural e ex-deputado, Chagas Romão, localizada no Ramal do Quixadá. Com incentivo do também produtor Jonas Lima, Romão transformou uma área de 10 hectares antes destinada à pastagem em uma lavoura com quase 100 mil pés de café robusta amazônico — variedade adaptada ao clima e ao solo da região. A expectativa é colher cerca de 130 sacas por hectare em até dois anos.

O projeto, inicialmente recebido com cautela pela família, ganhou adesão dos três filhos de Chagas e se tornou uma atividade coletiva. “Hoje todos estão envolvidos. O café virou uma oportunidade de renda e de união familiar”, afirmou o produtor.
Durante visita à propriedade, o prefeito Tião Bocalom destacou o potencial da cafeicultura para impulsionar a economia local. Atualmente, a Prefeitura apoia 50 produtores, que juntos somam 50 hectares de cultivo. O incentivo inclui mecanização do solo, fornecimento de insumos como calcário, adubo e mudas, além de assistência técnica especializada.


O engenheiro agrônomo Hadames Wilson, responsável pela orientação técnica, adotou o sistema de plantio adensado — com espaçamento de três metros entre ruas e meio metro entre plantas — que permite alta produtividade já no segundo ano. “Com apenas dois ou três hectares, o produtor consegue manter a família, investir na pecuária e ainda gerar excedente para novos projetos”, explicou.
Ao final da visita, o prefeito anunciou melhorias na infraestrutura do Ramal do Quixadá. Em parceria com o Governo do Estado e o Deracre, a Prefeitura vai recuperar cerca de 15 km da via, facilitando o escoamento da produção e o acesso à comunidade rural.