Redação Planeta Amazônia
A Prefeitura de Rio Branco, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), iniciou o plantio de arroz da variedade Primavera, com o objetivo de ampliar a produção de sementes destinadas aos agricultores do município. A iniciativa busca reduzir a dependência de arroz de outras regiões do país e fortalecer a economia local.
Nesta primeira etapa, a Embrapa disponibilizou uma área de quatro hectares para o cultivo, enquanto a prefeitura ficou responsável pela mecanização, adubação e plantio. O ciclo da cultura deve durar aproximadamente 100 dias até a colheita.
“Nós temos um acordo de cooperação com a prefeitura e aqui temos mais uma iniciativa dentro dessa parceria. O prefeito nos solicitou uma área para a multiplicação dessa semente de arroz e no ano que vem, com essa multiplicação, poderemos atender mais produtores para produzir esse alimento tão importante na mesa do brasileiro”, informou Bruno Pena, chefe-geral da Embrapa/Acre.
O prefeito de Rio Branco destacou a importância da iniciativa para a economia do município. O gestor, que esteve visitando a área onde as sementes estão sendo plantadas, reforçou que não é mais viável continuar consumindo produtos como arroz, feijão e milho vindos de outros estados, como Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. Ele enfatizou que o poder público precisa criar condições para que os agricultores locais possam produzir.
O prefeito informou também que Rio Branco está finalizando a construção do Polo Agroindustrial, previsto para ser concluído até o final deste ano. Com a conclusão dessa obra, a prefeitura espera gerar mais empregos, renda e desenvolvimento para a cidade.
“Nós já montamos a nossa agroindústria da agricultura familiar. Estou muito feliz porque, se Deus quiser, este ano finalizaremos essa agroindústria. Para 2026, poderemos beneficiar toda essa produção de arroz na estrutura que estamos montando.”
Tião Bocalom também agradeceu à Embrapa pelo suporte técnico e por ter cedido a área para o plantio. A expectativa é que, a partir do próximo ano, os agricultores familiares possam plantar em suas próprias terras, beneficiando a produção e fortalecendo a economia local.
“Quando substituímos a importação e produzimos arroz aqui, o dinheiro não vai embora. Se comprarmos de fora, o dinheiro vai embora. É por isso que temos tanta gente precisando de trabalho e emprego, mas não temos riqueza. A riqueza é gerada aqui, no campo, na terra. É aqui que a riqueza se multiplica”, finalizou o gestor.
