Redação Planeta Amazônia
Tudo ainda é um mistério sobre o que pode ter causado a mortandade de milhares de peixes no Rio Acre. Numa extensão de aproximadamente 50 quilômetros desde o Igarapé Judia, no Segundo Distrito da capital, até o principal manancial do estado, na região do Quixadá.
Na manhã desta quarta-feira (09), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, acompanhado do secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Nasserala, esteve pessoalmente no Quixadá, onde os fiscais da Semeia, fizeram a coleta da água e dos peixes mortos para análises. São várias espécies desde arraias, jundiás, mandis, bodós e até caranguejos. Nada escapou da contaminação e a água ainda exala mau cheiro.
Impressionado com o que viu, Bocalom não escondeu a tristeza de presenciar o crime ambiental e garantiu que em sendo verificada a procedência de quem causou o dano ao meio ambiente será devidamente punido nos rigores da Lei.
“O laboratório vai dizer que contaminação é isso daqui. Aí se pode falar. Até então tudo é uma dúvida. A gente sabe que houve uma contaminação muito forte, muito grande, que a gente vê. Inclusive os bodós, que a gente chama também lá no sul, a gente chama de cascudo, esses peixes eles vivem até dentro de esgoto. No entanto, eles estão mortos aqui. A gente está vendo isso”, afirmou o prefeito.
O secretário da Semeia, pontuou que, por enquanto, tudo ainda é uma incógnita sobre o que pode ter causado esse desastre ambiental e que cinco equipes de fiscais estão percorrendo de barco o leito do Rio Acre, na tentativa de descobrir as causas do sinistro ou algum responsável, e alertou ainda sobre a população local não usar em hipótese alguma a água do Rio Acre, tomar banho e muito menos consumir qualquer pescado naquela região.
“Nós estamos investigando. Estamos em campo desde segunda-feira, o dia que foi levantado essa situação grave que está acontecendo aqui na redondeza aqui do Quixadá. Nós estamos aqui buscando todas as alternativas possíveis e vamos chegar à conclusão de sair em breve. Então deve ter assim aí para baixo, dez, quinze, vinte quilômetros de peixe morto nessa região. E nós estamos levantando também, vamos ir até essa localidade pra poder levantar essa quantidade de peixe morto nessa região”.
O laudo, segundo o secretário da Semeia, deverá ter um diagnóstico preciso em, no máximo, 30 dias.