Prefeitura de Rio Branco realiza fiscalização em Área de Proteção Ambiental nas imediações da BR-364

Redação Planeta Amazônia

O trabalho de fiscalização realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) conta com ajuda da tecnologia e monitoramento via satélite para acompanhar situações ambientais em Rio Branco. Uma destas ações foi realizada na última quinta-feira (11) na Área de Proteção Ambiental Irineu Serra, localizada nas imediações da BR-364.

Amparada pela Lei nº 9.985/2000 (Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC), a Área de Proteção Ambiental (APA) é destinada ao uso sustentável dos recursos naturais. Nela, as atividades permitidas são reguladas por um plano de gestão e podem ocorrer tanto em terras públicas quanto privadas. O principal objetivo é disciplinar a ocupação humana, garantindo a preservação ambiental e a qualidade de vida.

Segundo a chefe de fiscalização da Semeia, Edileuza Melo, foram detectados na APA focos de incêndio, o que gerou alerta e mobilizou duas equipes até a região. No local, além de uma grande área queimada, os fiscais encontraram roçados plantados de forma irregular, armadilhas para captura de animais silvestres, açudes construídos sem autorização e derrubadas ilegais.

“Realizamos o monitoramento via satélite diariamente e, de ontem para hoje, detectamos aqui focos de incêndio, o que motivou a fiscalização. Ao chegarmos, encontramos a área de queimada, mas também outros problemas: armadilhas de caça, dois açudes recém-construídos, roçados e diversas outras irregularidades, todas sem licenciamento e autorização”, explicou a fiscal.

Ela destacou ainda, que a fiscalização é contínua, mas lembrou que a área é ocupada desde a década de 1980, antes da criação da APA, em 2000.

“Mesmo sendo moradores antigos, todos precisam cumprir as normas previstas no Decreto nº 500 e na legislação ambiental. Quem tem terra dentro da APA deve seguir as regras de uso estabelecidas para a unidade de conservação”, reforçou.

foto: Vitória Souza_Secom

Durante a ação, dois moradores foram notificados a comparecer na Semeia nesta segunda-feira (15), para apresentar documentos e justificativas sobre as irregularidades encontradas. Um deles, identificado apenas como João, afirmou viver na região há cerca de oito anos. Ele explicou que construiu um açude para irrigar plantações de café, cacau e açaí, alegando desconhecer a necessidade de autorização prévia.

Paralelamente à fiscalização, a Semeia investiga a possível venda irregular de lotes de terra dentro da área protegida.

By emprezaz

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