Redação Planeta Amazônia
A importância do milho na vida das pessoas é significativa, sendo um alimento versátil e nutritivo, rico em carboidratos, vitaminas, minerais e fibras. Dessa forma, ao redor do mundo, o milho desempenha papel fundamental na alimentação de diferentes culturas, incluindo a população brasileira.
Em Roraima, por exemplo, o milho é utilizado na produção de diversos alimentos, como pães, bolos, pipoca, canjica, pamonha, entre outros. Além disso, é utilizado na produção de ração animal e fabricação de produtos derivados.
Na Agricultura Familiar, o milho também desempenha um papel importante, sendo uma cultura cultivada para a subsistência e geração de renda, também utilizado na alimentação de animais, contribuindo para a produção de proteínas.
Na Vila Entre Rios, no município de Caroebe, região Sudeste de Roraima, o agricultor Célio Ramos iniciou a colheita de cinco hectares de milho. “A nossa pequena produção deve alimentar os animais, beneficiar minha família, também trazer renda com a venda dos excedentes”, complementou.
Segundo o relatório do Crédito Rural – no âmbito do Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar) – divulgado pela CGU (Controladoria Geral da União) em janeiro de 2020, a Agricultura Familiar representa 90% da economia dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes e 40% da população economicamente ativa do país, sendo também responsável por 46% do milho produzido no Brasil.
De acordo com o engenheiro agrônomo Wolney Costa, a produção de milho em Roraima ocorre em diferentes épocas ao longo do ano. “O plantio e a colheita variam de acordo com fatores como o clima e o tipo de cultivo. Recomenda-se aos produtores consultar o calendário agrícola específico para a região, que informa a melhor época de plantio e condução da lavoura”, comentou.
Atualmente, a média de produtividade do milho roraimense tem registrado de 100 a 120 sacas por hectare, mas existem lavouras no Estado conseguindo produzir até 150 sacas por hectare. E são diversas as espécies de milho existentes, variando de formato, cor e textura, sendo classificados em cinco tipos: duro, doce, pipoca, dentado e mole.
“Em 2022, o Relatório de Grãos do Governo do Estado sintetizou os resultados da produção de arroz, milho e soja, identificando os municípios de Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Iracema e Mucajaí como os principais produtores de grãos, concentrando grandes propriedades e o agronegócio empresarial. Somente com o milho foram plantados 14.263 hectares”, reforçou Wolney.
Com o milho é possível produzir detergente, glúten, maltose de milho, pneus, sacolas, adoçantes, tintas, rações, copos, pratos e talheres descartáveis, diferentes tipos de comida, baterias elétricas, estufas agrícolas, filmes fotográficos e antibióticos.
Milho na Agricultura Familiar
Na Agricultura Familiar, o Governo de Roraima tem promovido trabalho, renda e segurança alimentar efetivando vários projetos, também conectados com associações e cooperativas.
Em 2022 – com o Projeto de Grãos – foram plantados 879 hectares de milho, além de mais de 59 hectares de feijão-caupi. Já na Agricultura Familiar Indígena a plantação de milho foi de 1.180 hectares e a de feijão-caupi totalizou 385ha. Em 2023, a área plantada registrou 6.777 hectares, estimando uma produção de 43,203 toneladas, representando 106,25 sacas por hectare.
Mais investimentos
Nos últimos anos, o Poder Executivo tem investido em tecnologias, maquinários, equipamentos, insumos e implementos agrícolas, além de consolidar apoio social, assistência técnica, regularização fundiária, ambiental, infraestrutura de estradas e pontes para que todos os agricultores possam crescer e prosperar.
Para este ano, na Agricultura Familiar e Indígena são esperados mais de 3 mil hectares de grãos produzidos. “Nos últimos anos, Roraima vem crescendo economicamente, apresentando resultados estimulantes para grandes investimentos, principalmente, na cadeia produtiva. Dessa forma, o Governo de Roraima vem fomentando o crescimento do setor produtivo em todo o Estado, colaborando com o fortalecimento das cadeias produtivas junto aos grandes, médios e pequenos produtores”, disse o secretário de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação, Márcio Grangeiro.