Redação Planeta Amazônia
A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), Suellen Araújo e o secretário de Gestão Administrativa (SMGA), Jhonatan Santiago, explicaram em entrevista coletiva na manhã des segunda-feira, 08, sobre a denúncia lançada nas redes sociais, pelo vereador Fábio Araújo, onde segundo ele, duas camas que estavam armazenadas no galpão da prefeitura e que seriam entregues pelo programa Recomeço para Famílias 2023, haviam se extraviado pela chuva.
De acordo com Jonathan Santiago, os dois itens foram afetados pela chuva, após um vento arrancar parte do telhado do galpão. O secretário disse ainda que em um universo de mais de 3 mil itens que ainda estão no galpão para serem entregues, apenas estes foram afetados e não são denúncias que classificou como politiqueira, que irão manchar o sucesso do programa. Até o momento, já foram entregues mais de 15 mil itens entre geladeiras, fogões, camas, colchões, tanquinhos, guarda-roupas, botijas de gás, entre outros.
“É da mais alta gravidade, o vídeo feito pelo vereador Fábio Araújo. Onde vem lançar dúvidas, de forma irresponsável e leviana para a sociedade. Foram mais de 20 mil itens adquiridos entre o programa Recomeço e os bens da Defesa Civil Nacional que foram enviados para o município. Mais de 15 mil bens foram entregues e temos ainda cerca de 4 mil bens ainda, onde a grande maioria são colchões e travesseiros e no vídeo diz que esses bens estariam apodrecendo, mofando. Trata-se de dois colchões, num universo de 4 mil colchões. Em novembro do ano passado teve um vendaval e arrancou telha, molhou. 10 colchões foram recuperados e dois foram colocados separados e camas que são perfeitamente recuperáveis”, informou o secretário.
Em sua fala, a secretária da SASDH, Suellen Araújo, exemplificou a eficiência do programa Recomeço e ainda os critérios para que as famílias pudessem ser beneficiadas.
“O Projeto Recomeço é uma continuidade de toda uma assistência que o nosso prefeito deu às vítimas da alagação e das enxurradas. No primeiro momento os afetados foram acolhidos, oferecido alimentação, os kits de higiene, de limpeza, e todo assessoramento a essas famílias. Depois de ver o que aconteceu com os móveis das famílias, o prefeito criou esse projeto Recomeço e ele deve, sim, ser exaltado. Porque a gente não pode tirar por um colchão, uma cama, ou seja, lá um móvel que foi danificado. Nós não podemos tirar do sorriso de cada uma dessas famílias que receberam os seus bens, sabe Deus quando teriam condições”, explicou.
Moradora do bairro Cidade Nova, um dos mais afetados pelas enchentes no ano passado, Maria Francisca, contou que desde 2005 enfrenta as enchentes do Rio Acre, mas que nunca havia sido beneficiada com nenhum programa social tão abrangente quanto o Recomeço.
“Passei por muita, muita alagação. A gente ia para quadra, o mínimo que a gente ganhava era um sacolão. E esse ano, em 2023, foi diferente. Ganhei colchão, geladeira, fogão, botija e eu estou muito grata, pois eu não tenho condições de comprar tudo o que perdi. Só tenho que agradecer de coração.”
Luciana Lima que também perdeu tudo na enchente passada, disse que sem o programa da Prefeitura de Rio Branco, não teria a mínima chance de recomeçar a vida novamente.
“Perdi tudo, mas graças a Deus, eu ganhei tudo. Só tenho a agradecer pelas coisas que fizeram por mim até hoje. Ganhei cama de casal, solteiro, três travesseiros, guarda-roupa, geladeira e fogão. Ganhei sacolão, ganhei água. Só tenho a agradecer por essa gestão.”
Ao final da coletiva, o secretário Jhonatan Santiago, esclareceu que o programa Recomeço foi suspenso temporariamente em virtude da Lei Eleitoral que veda, doações em ano de eleição e se faz necessária uma consulta ao Tribunal Regional Eleitoral, para não causar qualquer embaraço jurídico.