Redação Planeta Amazônia
O 73º Congresso Nacional de Botânica, um dos eventos científicos mais importantes, está movimentando a capital paraense com a presença de renomados pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior. Entre as instituições que se destacam durante o evento, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) apresentou na quinta-feira, 2,suas ações de pesquisa e proteção da flora amazônica.
A gerente de Biodiversidade do Instituto, Mônica Furtado, representou o órgão do governo do Pará no evento e compartilhou os avanços alcançados na conservação da flora amazônica. Uma das novidades apresentada por ela, é o início dos levantamentos para a nova versão da Lista de Espécies da Flora Ameaçada de Extinção do Pará, que há 16 anos estava sem receber atualizações.
Para garantir a realização das atividades, o Ideflor-Bio fez um aporte no valor de R$ 700 mil que vai custear toda a pesquisa. Já o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), ficarão responsáveis por fornecer mão-de-obra especializada para o trabalho. Os recursos para a execução dos estudos são provenientes do Fundo de Compensação Ambiental do Estado do Pará (FCA).
A partir dessa iniciativa será possível ter um panorama detalhado sobre a atual situação em que se encontra a flora amazônica, especialmente no território paraense. O acordo entre as instituições terá validade de um ano, e a expectativa é que os resultados dos estudos sejam concluídos até o segundo semestre de 2024, quando será amplamente divulgado para toda a sociedade.
O recomendável é que a lista seja atualizada no mínimo a cada cinco anos. No entanto, a última versão foi produzida em 2007. Por esta razão, há uma grande defasagem no levantamento, sendo bastante necessária a revisão e atualização do referido documento, a fim de manter a base de dados permanente e acessível para consulta pública nas plataformas digitais.
Protagonismo – Vale ressaltar que o Instituto também desempenha um papel fundamental na gestão de Unidades de Conservação (UCs) e Florestas Estaduais (Flotas), além de promover estudos e pesquisas que visam a compreensão e preservação da flora da região. Mônica Furtado apresentou outros projetos que vêm sendo desenvolvidos pelo Ideflor-Bio, como o Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Xingu e Meio Norte, além da elaboração de uma Lista Vermelha Estadual.
Neste sentido, a participação do Ideflor-Bio no 73º Congresso Nacional de Botânica reforçou o compromisso do Instituto com a preservação da biodiversidade amazônica. As ações apresentadas por Mônica Furtado evidenciaram os esforços em curso para a proteção da flora e o envolvimento de diferentes setores da sociedade na busca por soluções sustentáveis.
“A conservação da flora amazônica é um desafio constante, e o Ideflor-Bio tem trabalhado arduamente para promover ações efetivas nesse sentido. Estamos comprometidos em preservar a riqueza biológica da Amazônia e garantir sua sustentabilidade para as futuras gerações”, afirmou a gerente de Biodiversidade do Ideflor-Bio.