Redação Planeta Amazônia
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, realizou nesta segunda-feira (21), no auditório da instituição, a primeira reunião ordinária do Comitê Gestor Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento das Políticas Públicas para Pessoas em Situação de Rua (CGIAMP).
O comitê reúne representantes de várias secretarias municipais, como Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Defesa Civil, além de órgãos como o Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradoria-Geral do Município e movimentos sociais. O objetivo é garantir proteção social, dignidade e reintegração familiar para os moradores em situação de rua.
Segundo Ivan Ferreira, presidente do comitê, a iniciativa marca um novo ciclo para a capital acreana. “Estamos reunindo entidades para criar um plano articulado e humanizado de políticas públicas voltadas à população em situação de rua”, afirmou.
A procuradora municipal Amanda Mendes Evangelista destacou a relevância da medida diante do aumento no número de pessoas nessas condições. “Ampliar o debate com todos os envolvidos, incluindo os próprios moradores em situação de rua, é essencial para políticas públicas mais eficazes”, disse.
O fundador do Movimento Acreano para Pessoas em Situação de Rua, Rudson Nunes, participou da reunião e reforçou a importância do compromisso político. “Se as políticas forem aplicadas com responsabilidade, esse problema pode ser resolvido. O Acre tem menos de mil pessoas em situação de rua. É possível oferecer dignidade”, afirmou.
O secretário João Marcos Luz relembrou tentativas anteriores de implantar conselhos voltados à pauta, sem avanços concretos. Agora, sob a gestão do prefeito Tião Bocalom, a proposta foi retomada com seriedade. “Apresentamos um esboço do plano municipal e vamos seguir ampliando os serviços e qualificando o atendimento.”
Segundo levantamento da própria secretaria, Rio Branco contabiliza atualmente 613 pessoas em situação de rua cadastradas. O CGIAMP atuará de forma integrada para garantir o acesso a serviços essenciais como saúde, educação, lazer, abrigos dignos, banheiros públicos e assistência social. A capacitação contínua de profissionais que lidam diretamente com essa população também será prioridade.
