Redação Planeta Amazônia
A Secretaria de Cultura e Turismo de Roraima (Secult) oficializou, na última semana, a criação da Instância de Governança Regional (IGR) da região turística Roraima – Savana Amazônica. A iniciativa contempla os municípios de Boa Vista, Cantá, Alto Alegre, Mucajaí e Iracema, e foi viabilizada por meio de parceria com o Centro de Apoio aos Municípios da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
Com paisagens naturais que incluem cachoeiras, trilhas, piscinas naturais e um rico patrimônio histórico e cultural, especialmente no centro de Boa Vista, a região é considerada estratégica para o turismo de aventura e cultural. As IGRs funcionam como unidades de gestão compartilhada, previstas no Programa de Regionalização do Turismo, e são adaptadas às realidades locais.
Segundo o diretor do Departamento de Turismo (Detur), Bruno Muniz de Brito, a criação da IGR representa um avanço significativo na regionalização da atividade turística no estado. “O Detur vai reunir com os órgãos municipais e estruturar um planejamento de longo prazo que proporcione desenvolvimento da atividade econômica do turismo nos municípios, contemplando todos os atores do trade”, afirmou. O planejamento será baseado no Plano de Desenvolvimento Regional e Sustentável do Turismo — Roraima 2030.
A proposta da nova instância é integrar comunidades locais, setor privado e poder público na gestão dos recursos naturais, promovendo um turismo consciente, com respeito ao meio ambiente e geração de benefícios para a população.
Roraima participa de oficina nacional da RedeTrilhas
A Secult também marcou presença na terceira oficina de construção participativa do grupo de trabalho da RedeTrilhas, realizada nos dias 5 e 6 de agosto, em Brasília. O encontro teve como foco a revisão do modelo de governança da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade, além de discutir padrões de sinalização e diretrizes para ampliar a eficiência da política pública.
Representando Roraima, o diretor do Detur, Bruno Muniz de Brito, participou ao lado de representantes de ministérios, instituições ambientais, entidades do turismo e da sociedade civil. A oficina buscou fortalecer a articulação entre diferentes setores para tornar a gestão da RedeTrilhas mais moderna, participativa e integrada.
“As trilhas de longo curso são uma importante iniciativa do Ministério do Meio Ambiente que conta agora com um grupo de trabalho com apoio do Ministério do Turismo”, destacou Bruno, que também representou o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, apresentando sugestões para aprimorar a política pública.
O diretor ressaltou o potencial de Roraima no segmento. “Temos a trilha mais famosa do estado, que é a do Monte Roraima, envolvendo a Tríplice Fronteira, além das trilhas do Cantá com a Serra Grande, nas terras indígenas de Pacaraima e Uiramutã, e também na capital, Boa Vista”, disse.
A oficina contou com a presença de representantes do Ministério do Turismo (MTur), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Embratur, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), associações e instituições acadêmicas.
Sobre a RedeTrilhas
Lançada em 2018, a RedeTrilhas é uma política pública que busca conectar pontos turísticos e áreas de interesse ambiental e cultural por meio de trilhas de longo curso em todo o país. Os percursos atravessam paisagens naturais, parques, comunidades e patrimônios históricos, promovendo o ecoturismo, a valorização do patrimônio brasileiro e o desenvolvimento sustentável.
