Redação Planeta Amazônia
Começa nesta segunda-feira (1º) e segue até o dia 5 de setembro em Brasília, a segunda edição da Semana da Sociobiodiversidade, evento que coloca no centro da política nacional as pautas de povos e comunidades tradicionais. Com mais de 300 participantes de diversas regiões do país, a programação inclui debates, encontros com parlamentares, atos públicos e mobilizações em defesa da Amazônia.
No dia 4, às 14h, acontece uma sessão solene no Congresso Nacional com a presença de lideranças indígenas, extrativistas, quilombolas e ribeirinhas. Às 16h, uma marcha na Esplanada dos Ministérios marca o ato público em alusão ao Dia da Amazônia. No mesmo dia, a manifestação “A Resposta Somos Nós”, na Praça dos Três Poderes, conecta a agenda da sociobiodiversidade à mobilização global rumo à COP30.
Sob o tema “Fortalecendo Economias Sustentáveis, Pessoas, Culturas e Gerações”, o evento busca valorizar territórios e maretórios tradicionais, propondo políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade, à justiça social e ao desenvolvimento sustentável.
Organizada pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e pela Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (CONFREM), com apoio de diversas instituições, a iniciativa promove diálogo direto com os três poderes da República.
“Este é um espaço de incidência política onde reafirmamos nosso papel na proteção dos ecossistemas e na construção de um modelo justo de desenvolvimento”, afirma Dione Torquato, secretário-executivo do CNS.
A plenária final, marcada para 5 de setembro, apresentará ao Governo Federal documentos construídos coletivamente durante a semana, como a Carta da Sociobiodiversidade, a Carta da Juventude — Rumo à COP30, e a Carta da CONFREM Brasil — pré-COP dos Oceanos.
“Povos tradicionais não são apenas guardiões da floresta e dos mares, mas protagonistas de soluções concretas para a crise climática e para um futuro mais justo”, destaca Laura Souza, secretária-executiva do ÓSocioBio.
