Semana do Clima reúne especialistas e lideranças para debater exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Redação Planeta Amazônia

Durante o painel “Margem Equatorial: impactos e oportunidades”, realizado na terça-feira (15) durante a Semana do Clima da Amazônia, em Belém (PA), representantes de instituições ambientais, indústria e comunidades discutiram os desafios e caminhos para o desenvolvimento energético na região da Foz do Amazonas.

O diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Guimarães, criticou a polarização do debate sobre a exploração de petróleo e cobrou mais diálogo sobre fontes alternativas limpas, como os biocombustíveis. “Nós somos uma sociedade que conversa. Essa questão dos combustíveis fósseis precisa de diálogo”, afirmou.

foto: Lucas Guaraldo_IPAM

Produção energética x emergência climática

A representante da Petrobras, Daniele Lomba, defendeu a busca por uma economia de baixo carbono com manutenção da produção de petróleo. Segundo ela, a crescente demanda energética deve ser suprida internamente para evitar a exportação de empregos e tributos. “A gente vai exportar emprego, renda, tributos para outros países. Isso é vantajoso? Acho que não”, pontuou.

Já o especialista sênior do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Roberto Kishinami, destacou que a crise climática exige ação imediata e redução das emissões. “Somos uma sociedade viciada em petróleo. Como resolver? Não é se escondendo debaixo do cobertor. É preciso agir”, declarou.

Desenvolvimento regional com inclusão

O presidente da FIEPA (Federação das Indústrias do Estado do Pará), Alex Carvalho, chamou atenção para a oportunidade de transformar a exploração de recursos em alavanca de inclusão regional. Para ele, o debate precisa ir além da superfície e incorporar compromissos claros de mitigação.

Liderança comunitária amazônica, Sandra Regina, do Maretório – Confrem/PA, lembrou que acompanha o tema desde 2012 e reforçou que as decisões devem passar pelo crivo de quem vive nas áreas diretamente afetadas. “É preciso escutar quem realmente pode ser impactado”, disse.

By emprezaz

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