Redação Planeta Amazônia
Empreendedores que desejam transformar suas ideias inovadoras em soluções sustentáveis para a Amazônia já podem se inscrever no Sinapse da Bioeconomia, programa que oferece capacitação, suporte técnico e recursos financeiros para novos negócios baseados na bioeconomia e na biodiversidade da floresta. Nesta edição serão contemplados até 60 negócios, com apoio financeiro de R$ 50 mil para cada um. As inscrições ficam abertas de até 30 de abril de 2025.
O Sinapse Bio promove a economia da floresta em pé por meio do desenvolvimento de negócios inovadores que incentivem a bioeconomia, o que inclui, por exemplo, soluções que utilizem de forma sustentável produtos da biodiversidade, tecnologias que ajudem a recuperar solos degradados ou que impulsionem uma economia regenerativa. O programa tem alcance nacional, mas destina 80% das vagas para empreendedores da Amazônia Legal, exigindo que empresas de outras regiões tenham ou abram uma filial na área.
Quem pode participar?
- Pessoas físicas: que precisarão abrir empresa na Amazônia Legal caso sejam aprovadas.
- Empresas de pequeno porte: com até 24 meses de constituição e receita anual de até R$ 360 mil;
- Negócios inovadores: que atendam aos segmentos prioritários do programa, como alimentos e bebidas, agronegócio, energia, turismo, cosméticos, tecnologia, transporte, química verde, entre outros.
Os participantes selecionados terão acesso a uma série de vantagens para impulsionar seus projetos:
- Até 60 projetos serão selecionados para receber até R$ 50 mil em recursos não reembolsáveis;
- Capacitação online e presencial com especialistas do setor;
- Conexão com investidores, fundos, aceleradoras e parceiros estratégicos, criando oportunidades de expansão;
- Suporte para estruturação e desenvolvimento do modelo de negócio, incluindo mentorias especializadas;
- Acesso a uma rede de inovação, promovendo interação com outros empreendedores e stakeholders da bioeconomia.
De acordo com Marcos Da-Ré, diretor de Economia Verde da Fundação CERTI, a Sinapse da Bioeconomia é um programa dedicado a impulsionar a bioeconomia na Amazônia, conectando inovação, tecnologia e sustentabilidade para transformar desafios regionais em oportunidades de negócio. “Nosso propósito é fomentar e acelerar soluções inovadoras que valorizem os recursos amazônicos de forma responsável, gerando impacto positivo para a economia e o meio ambiente. Se você é empreendedor ou pesquisador e tem uma ideia que pode contribuir para esse ecossistema, inscreva-se e faça parte dessa jornada de inovação e desenvolvimento sustentável”, destaca.
A CEO e cofundadora do IpiCred, Ana Léia, descreve o programa como transformador ao oferecer aos empreendedores da Amazônia a oportunidade de dar seu primeiro salto rumo ao sucesso. À frente de uma plataforma digital de crédito rural projetada para cooperativas agrícolas e seus associados, que permite que agricultores familiares solicitem crédito sem a necessidade de deslocamento até uma agência bancária, a empreendedora diz que o programa tem proporcionado desenvolver uma versão mais avançada da solução de forma estruturada e inovadora.
“Além do apoio financeiro, o programa tem nos proporcionado conexões valiosas e frutíferas, que se tornaram pilares para o nosso crescimento. Dentro do ecossistema do Sinapse Bio, estabelecemos parcerias estratégicas com outras startups do segmento, como a Amazônia Bioverse, criando um hub de colaboração para atender produtores rurais da região, em busca de crédito sustentável e soluções que impulsionem suas atividades no campo. Essas parcerias nos permitiram conectar nossas soluções ao ecossistema local, gerando impacto positivo e fortalecendo a cadeia produtiva da região”, reforça Ana.
Etapas de seleção
O processo seletivo do Sinapse da Bioeconomia contará com três fases estruturadas. Na Fase 1, dedicada a ideias inovadoras, os proponentes deverão apresentar informações básicas sobre sua solução e enviar um vídeo de pitch explicando a proposta.
Na Fase 2, focada no projeto de fomento e capacitação, os selecionados aprofundarão a proposta submetida na etapa anterior, participando de capacitações e mentorias coletivas para validar o modelo de negócio. Além disso, precisarão enviar um novo vídeo de pitch demonstrando a viabilidade comercial e financeira do projeto.
Por fim, na Fase 3, os proponentes passarão por uma entrevista com a organização do programa, na qual deverão apresentar evidências de sua capacidade para desenvolver a solução proposta.
Para a Ikaben, empresa que cria produtos exclusivos e sustentáveis em parceria com artesãos indígenas, preservando técnicas tradicionais e protegendo direitos culturais por meio da catalogação digital de grafismos autorizados, a participação no programa foi um marco importante, não só por permitir expandir o alcance, mas também por dar acesso a uma rede de mentores, investidores e especialistas.
Segundo o fundador, Joeliton Vargas Moraes, “a preparação que tivemos para a terceira fase foi intensa, mas conseguimos refinar ainda mais nossa proposta e apresentar um modelo de negócios mais sólido, o que aumenta a nossa confiança no caminho que estamos traçando. Além disso, as mentorias que recebemos ajudam a ajustar nossa visão sobre o mercado e a forma de comunicar a proposta de valor da Ikaben. Essa etapa é uma grande conquista, porque não só melhoramos o produto, mas também ampliamos o impacto social que podemos gerar”, destaca.
A iniciativa é promovida pela Plataforma Jornada Amazônia, com coordenação da Fundação CERTI e Instituto CERTI Amazônia, com coparticipação e investimentos do BID Lab, Bradesco, Fundo Vale, Instituto Itaúsa, Itaú Unibanco e Santander, parceria estratégica da Good Energies by Porticus e Instituto Arapyaú, e apoio do Movimento Bem Maior.
As iniciativas que forem contempladas participarão da pré-incubação que ocorrerá no primeiro semestre de 2026, de forma a receber apoio técnico para a validação e operação do modelo de negócios, bem como desenvolvimento da inovação proposta.
Inscrições
Os interessados podem se inscrever e conferir mais informações pelo site: Link