Projetos brasileiros de recuperação de áreas nativas serão destaque na COP27

Da redação do Planeta Amazônia

Começa nesta terça-feira (8) a programação oficial do pavilhão brasileiro na 27ª Conferência Climática das Nações Unidas (COP27), que ocorre em Sharm el-Sheikh, no Egito. Nesta primeira semana, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, chefe da delegação brasileira, participará do estúdio da Confederação Nacional da Indústria -CNI, em Brasília, de discussões ao vivo com ministros e autoridades de diferentes pastas para falar das iniciativas verdes do Brasil.

A partir do dia 15, está prevista a chegada do ministro ao Egito para participar pessoalmente das atividades do estande brasileiro e também para finalizar as negociações, que estão sendo conduzidas pelos embaixadores Paulino Franco de Carvalho Neto e Leonardo Cleaver Athayde.

Um dos objetivos é mostrar ao mundo as medidas adotadas pelo Governo Federal para promover a restauração da vegetação nativa em todos os biomas do Brasil. A meta é recuperar, pelo menos, 12 milhões de hectares até 2030, principalmente em áreas de preservação permanente, reserva legal e terras degradadas com baixa produtividade. A medida faz parte do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg).

Entre as ações está o Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL-Brasil), que busca recuperar a vegetação nativa na Amazônia. A meta é promover a restauração florestal de 29,2 mil hectares de áreas estratégicas nos estados Acre, Amazonas, Pará e Rondônia, até 2026.

O projeto aprovou um plano de R$ 47,2 milhões para o período 2022/2023. Serão priorizadas a entrega de atividades de restauração florestal com o aporte de aproximadamente R$ 21 milhões no avanço da adequação ambiental de propriedades rurais e na restauração de área nativa.

Além dos projetos de cooperação internacional, o MMA e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão apoiando ações de recuperação ambiental. Uma delas é o Floresta Viva, iniciativa destinada a implementar projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais em todos os biomas. A meta do projeto é receber investimentos de R$ 700 milhões em 7 anos e atingir entre 20 mil e 30 mil hectares de área restaurada. Isso equivale a retirar entre 7 e 10 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, considerando um ciclo de crescimento da vegetação de 25 anos.

Existe, ainda, um Acordo de Cooperação entre MMA, Ibama e ICMBio com o objetivo de promover o planejamento e a articulação de ações conjuntas entre os órgãos ambientais federais para promover a recuperação ou recomposição da vegetação nativa. O primeiro plano de trabalho desse acordo é para desenvolver uma plataforma de dados e de informações georreferenciadas que permita a identificação e cadastramento de áreas que precisam de ações de recuperação ambiental em todo país.

Informações: (MMA)

Foto: Nelson Yoneda (Programa Arpa)

By emprezaz

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