Redação Planeta Amazônia
O Fundo Amazônia é um dos projetos do plano do atual presidente Luiz Inácio da Silva Lula (PT), que em um dos seus primeiros atos como presidente da República, assinou um decreto que restabelece a governança do Fundo Amazônia, que nos últimos dias tem atraído o interesse de muitos países, como Alemanha, Reino Unido e Noruega.
O vice-presidente Executivo da Comissão Europeia e líder das negociações climáticas da União Europeia (UE), Frans Timmermans, falou nessa segunda-feira (23) que o bloco econômico passará a contribuir para o Fundo Amazônia e que além disso, está trabalhando para que as doações ao fundo iniciem ainda neste ano.
“O que podemos falar hoje é que vamos contribuir para o fundo. O que não posso dizer hoje é com quanto, ainda temos que definir isso na União Europeia, mas com certeza vamos contribuir porque acreditamos que essa é a maneira mais rápida de mostrar resultados concretos”, disse Timmermans em entrevista à TV Globo.
Ele afirmou que as sinalizações do governo Lula da Silva devem ajudar a acelerar o processo, uma vez que a análise do bloco é a de que o governo tem se mostrado comprometido com o combate ao desmatamento.
Segundo o vice-presidente, Frans Timmermans, o bloco europeu também prestará ajuda financeira ao povo yanomami, que enfrenta uma grave crise sanitária no estado de Roraima. Ele destacou que o valor doado deverá ser de 500 a 750 mil euros e será usado como ajuda médica e nutricional aos indígenas, entre outras prioridades.
Dessa forma, o departamento de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia (ECHO) ficará responsável pelo repasse. “A União Europeia realmente quer fazer parte em levar infraestrutura para essas pessoas. Precisamos criar um futuro para elas, precisamos lutar contra o fato de elas estarem desesperadas nessa situação”, anunciou Timmermans.
Frans Timmermans completou que a ajuda ao povo indígena Yanomami tem que ser de acordo com suas necessidades. “Também precisamos do conhecimento e expertise para levar coisas que elas querem e precisam, porque as pessoas Yanomami têm demandas diferentes de outros povos indígenas no Brasil”, completou.