Unidades do MCTI na Amazônia buscam fortalecer cooperação entre as instituições

Redação Planeta Amazônia

Os dirigentes das unidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na Amazônia se reuniram no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) com a subsecretária para a Amazônia do MCTI, Tanara Lauschner, nas últimas segunda e terça-feiras (15 e 16). O propósito foi planejar uma agenda de trabalho conjunta para a próxima década e fortalecer a cooperação entre as instituições. 

Participaram do encontro o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira; o diretor geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), João Valsecchi, a coordenadora da unidade de Belém (PA) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Alessandra Gomes. De forma remota, também participaram o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Nilson Gabas Júnior; e a chefe de Unidade na Região Amazônica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Tatiana Schor. Coordenadores de áreas técnicas também se fizeram presentes.

O diretor do Inpa, professor Henrique Pereira, destacou que esta é uma primeira reunião construindo uma pauta que significará o trabalho em cooperação bilateral entre cada uma das instituições e seus pares e a agenda com a Subsecretaria. A reunião tratou ainda de uma colaboração em rede visando obter financiamento do BID. 


“Para além de reconhecer, valorizar e dar visibilidade ao trabalho dessas organizações, queremos nos planejar para os próximos dez anos. Isso nos dará uma via de trabalho que poderá viabilizar resultados mais significativos”, destacou Pereira.

O propósito da reunião foi planejar uma agenda de trabalho conjunta para a próxima década/foto: Camila Barbosa_Ascom Inpa


Para avançar com a integração e ações estratégicas, os dirigentes decidiram criar um fórum regional permanente, de caráter consultivo, e coordenado pela Subsecretaria para a Amazônia do MCTI. Também será realizada uma Conferência Livre com tema da Amazônia, no âmbito da V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (V CNCTI), em formato híbrido, que será organizada pela Subsecretaria com a participação das unidades vinculadas do bioma. A Conferência Livre será realizada até abril, conforme o cronograma do CTI, e os resultados servirão de base para a futura formulação da Política de CT&I para a Amazônia.

A Subsecretaria para a Amazônia do MCTI, Tanara Lauschner, enfatizou a necessidade de construir uma agenda comum dessas instituições para ciência e tecnologia na região, a curto, médio e longo prazos.


Ela adiantou que há uma prospecção de R$ 3 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para serem investidos na Amazônia, nos próximos três anos. “Também estamos trabalhando para que esse recurso tenha editais específicos para instituições da região. Temos um bom desafio, que é conseguir fazer projetos de qualidade e  interessantes na região, para que possamos de fato executar esses recursos”, contou a subsecretária que visitou as Coleções Científicas Biológicas do Inpa. 

O diretor geral do Instituto Mamirauá lembrou que as quatro instituições juntas representam a estrutura física e de pessoal do MCTI na Amazônia, atuando como um braço do governo para pensar em como desenvolver a região, de forma integrada com a sociedade. “Estamos pensando empolíticas públicas voltadas para CT&I e, com isso, implementar ações para o desenvolvimento social, o desenvolvimento econômico para conservação e manejo para a biodiversidade, com muitos impactos positivos para a população”, ressaltou. 

Parte da cultura das instituições, a cooperação já trouxe resultados expressivos e com impactos positivos no desenvolvimento sustentável da região e na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Exemplos da longeva parceria entre o Inpa e o Instituto Mamirauá e entre o Inpa e o MPEG, são os protocolos para manejo de crocodilianos (jacarés) na Amazônia, o desenvolvimento de manejo florestal de florestas alagáveis da Amazônia e contribuições para políticas públicas na área de manejo florestal comunitário.

By emprezaz

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