Muito se fala sobre Amazônia: queimadas, desmatamentos, grilagem de terras, garimpos, pobreza, violência. São assuntos recorrentes na mídia e que geram preocupação do mundo devido aos efeitos climáticos globais. Mas como é possível discutir, debater, resolver essas questões se nem mesmo os amazônidas conhecem a Amazônia? Mas como é possível discutir, debater, resolver essas questões se nem mesmo os amazônidas conhecem a Amazônia?
Sim… conhecemos pouco!
E o que sabemos? Genericamente, simploriamente, a resposta geralmente é a seguinte: a Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, de uma biodiversidade única. Uma região com milhares de rios, plantas, animais, além de populações tradicionais.
A resposta está correta. Mas incompleta!
Claro, alguns podem ter uma resposta mais elaborada e complementar: uma imensidão verde, onde só no Brasil, um dos 9 países de abrangência da floresta Amazônica, vivem quase 30 milhões de pessoas. Existe água em abundância, árvores, plantas e animais que ajudam a manter o ciclo da vida no nosso planeta.
Temos os povos tradicionais (indígenas, seringueiros, caboclos, ribeirinhos), que vivem em lugares isolados, em pequenas comunidades e pequenas cidades que devem ter seus territórios regulamentados e suas culturas e conhecimentos respeitados e valorizados. Temos ainda metrópoles com tudo que existe de bom e ruim como em qualquer outro lugar. Com um abismo social gigantesco, onde poucos, privilegiados, vivem como barões e reis da aristocracia européia. E,milhares, parte de uma população desassistida com o básico: educação, saúde, segurança, tecnologia e oportunidades.
Agora, seria uma resposta bem mais elaborada.
Ainda assim…é pouco pra tudo que a Amazônia representa pro planeta.
É necessário, urgente, entendermos melhor a Amazônia pra encontrarmos respostas mais precisas pras questões que ameaçam não apenas a região.
No Brasil, 2022 é um ano de eleição para deputados estaduais e federais, governadores, senadores e presidente. A Amazônia é uma pauta prioritária no debate. Mas não o debate rasteiro de que é possível desenvolver sem devastar. Essa retórica já se demonstrou ineficaz. Tivemos nos últimos anos, um crescimento exponencial da destruição da floresta sem melhoria na qualidade de vida das pessoas na mesma proporção.
Alguns exemplos que deram bons resultados aqui e alí, por algum tempo, também não se perpetuaram ou não se tornaram sustentáveis. O debate que precisa ser feito é como incentivar a pesquisa, o desenvolvimento de tecnologias, ampliação dos investimentos em educação, geração de emprego e renda pro povo e aproveitar todo o potencial do planeta amazônia.
Foto: Marcos Vicentti (@marcosvicentti)