Redação Planeta Amazônia
Cumprindo agenda institucional no Amapá na quinta-feira, 13, onde anunciou uma série de benefícios à população amapaense, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu o direito do estado de se desenvolver por meio da pesquisa e exploração de petróleo na Margem Equatorial.
Lula também posicionou o Amapá, o estado mais preservado e protegido do Brasil, carbono negativo e com desmatamento zero, como um protagonista nas discussões ambientais globais, especialmente na Conferência das Partes (COP30) que acontece em Belém, em novembro deste ano.
“Assumi o compromisso de que até 2030 teremos desmatamento zero no país e vou usar o Amapá como exemplo. Quem quiser falar sobre a Amazônia para mim, vai ter que falar do Amapá. O mundo não conhece a realidade de vocês. Os países desenvolvidos desmataram toda a sua floresta para crescer e querem que nós não cortemos uma árvore. Mas eles precisam entender que, para ajudar a gente a preservar, eles terão que pagar”, afirmou Lula.

O presidente também questionou a proibição da pesquisa sobre o potencial petrolífero na Costa do Amapá enquanto países vizinhos, como Guiana e Suriname, enriquecem com a mesma atividade. O presidente reforçou a capacidade tecnológica da Petrobras na prospecção em águas profundas e defendeu que o Brasil tem o direito de avaliar suas próprias riquezas sem comprometer a preservação ambiental.
“Vamos trabalhar muito e com responsabilidade, sem cometer loucuras ambientais. Precisamos estudar e assumir o compromisso de agir com cuidado. Não poluiremos nenhum milímetro de água, mas também não podemos permitir que o Amapá permaneça pobre se houver petróleo aqui. É uma questão de bom senso. Debaixo de cada copa de árvore tem um trabalhador, um pescador, um extrativista que quer viver com dignidade”, discursou Lula.

Reforçando as palavras do presidente Lula, o governador Clécio Luís afirmou que o Amapá cumpriu seu papel ao preservar o meio ambiente e manter a floresta em pé, mas não aceitará críticas de quem desconhece a realidade do estado, que possui os melhores indicadores ambientais e busca usá-los para fortalecer o desenvolvimento social e econômico.
“Nós fizemos o dever de casa, não vamos deixar que ninguém de fora venha nos ensinar o que é preservação ou dizer o que devemos fazer com nossas riquezas. Se fizermos isso, passamos uma mensagem terrível ao mundo: quem desmatou ficou rico, e quem preservou ficou pobre. Quem olha de fora pensa que aqui só tem floresta, mas debaixo das copas destas árvores, há um povo que quer se desenvolver”, afirmou Clécio Luís.