Redação Planeta Amazônia – O Comitê criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o enfrentamento da crise de saúde vivida pelo povo Yanomami tem um prazo de 45 dias para divulgar um diagnóstico da situação e definir ações de enfrentamento ao drama que foi descortinado para todo o Brasil na última semana.
Na última sexta-feira (20), o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública em território Yanomami. Fotos de indígenas adultos e de crianças em visível estado de desnutrição mobilizaram a opinião pública e resultaram na visita do presidente Lula e comitiva ao estado de Roraima para uma constatação “in loco” da situação. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 500 crianças morreram em decorrência de desnutrição, pneumonia e outras doenças.
O alerta sobre o quadro de dessassistência sanitária entre os Yanomami já vinha sendo feito há anos por entidades ligadas à causa indígena, Organizações Não Governamentais e instituições como o Unicef e a Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz). Outra situação que também é denunciada por lideranças indígenas é a ação predadora de garimpeiros na região.
Nesta segunda-feira(23), mais 12 profissionais da Força Nacional do SUS seguiram para Roraima e vão ficar concentrados na capital, Boa Vista, onde prestarão serviços na Casa de Saúde Indígena (Casai) e também no hospital de campanha que está sendo montado pelo Exército Brasileiro. Além dos profissionais, também foram enviados equipamentos de atendimento de emergência, como pranchas rígidas e Desfibriladores Externos Automáticos (DEA). Equipes do Ministério da Saúde estão desde a última segunda-feira(16) na região Yanomami, território indígena com mais de 30 mil habitantes.