Redação Planeta Amazônia
O Governo do Estado e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) iniciaram o mapeamento da rota do açaí no Amapá ao conhecer a rotina de trabalho de 145 produtores das comunidades de Jangada e Arraiol, no arquipélago do Bailique. O objetivo é verificar como pode ser aprimorada a cadeia produtiva do fruto e aumentar o leque de mercados que podem ser atendidos com a exportação do produto.
O trabalho é coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) e possibilita conhecer melhor a realidade de cada produtor, as dificuldades enfrentadas para cultivar o açaí e desafios que as comunidades têm que superar para escoar o que produzem.
O gestor da SDR, Kelson Vaz, destacou que o mercado do açaí representa um potencial econômico para comunidades como as que vivem no Bailique, um arquipélago que é atingido pelos fenômenos da erosão das terras e da salinização das águas do rio Amazonas.
“Hoje, o açaí é um dos principais ativos para trazer melhorias para a comunidade do Bailique que passa por situações que abalam a economia local”, destacou o gestor.
De acordo com o coordenador geral de Gestão do Território do MIDR, Vitarque Coelho, o trabalho de ir a campo para saber como realmente funciona a cadeia produtiva de qualquer produto é fundamental para evitar desperdícios e erros na hora de investir.
“São grandes as chances de se fazer um investimento equivocado, se você não tiver a base do conhecimento, se não souber como a coisa funciona, quais são as principais dificuldades, as potencialidades. Então, esse trabalho de planejamento é necessário para que seja pautada uma carteira de projeto adequada e que os projetos desenvolvidos tenham viabilidade e retorno econômico”, pontuou Coelho.
No Amapá, uma das cooperativas que poderão ser beneficiadas com a inserção de novas tecnologias e métodos de produção do açaí é a Amazonbai, que atua há cerca de dez anos no estado produzindo e exportando a polpa do fruto.
“É o momento de unir forças pra gente discutir e planejar a cadeia produtiva do açaí, desde a área de produção até a agroindústria. Buscar inovação, tecnologia, junto com as startups, para que, de fato, a gente transforme essa discussão em políticas públicas de desenvolvimento não só do Arquipélago do Bailique, mas sim de todo estuário da cadeia produtiva do açaí”, destacou Amiraldo Picanço, presidente da Amazonbai.
Além da SDR e MIDR, participaram da visita ao arquipélago do Bailique equipes do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap), Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Organização de Cooperativas do Amapá (OCB/AP) e do deputado estadual Jesus Pontes.