Redação Planeta Amazônia
Mesmo com o registro de estabilidade no nível do rio Acre na manhã do último domingo, 02, os números ainda indicam que o rio está ultrapassando a cota de alerta (13,50m) e também a de transbordamento(14m), conforme dados divulgados pelo governo do Acre no último boletim de alagação. Sete municípios foram atingidos por cheias, mas apenas seis continuam com abrigos montados: Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia, Xapuri, Sena Madureira e Porto Acre. Há 1.176 famílias desabrigadas, totalizando 3.991 pessoas.
Em paralelo ao monitoramento do nível do rio Acre, o governo do estado dá continuidade ao plano de ação pós-enchente de retorno das famílias para suas casas. O planejamento vai contemplar tanto aquelas atingidas pelas enxurradas dos igarapés que transbordaram em Rio Branco, quanto as que foram vítimas da cheia do rio Acre.
Durante reunião realizada na sede do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre(CBMAC), com a presença da vice-governadora Mailza Assis, foram realinhadas as estratégias que serão tomadas para atender a população abrigada. “A princípio, será feito a volta de quem foi vítima da enxurrada, e logo que o Rio Acre começar a dar vazante, também serão transferidas dos abrigos para suas casas”, destacou Mailza.
Em decorrência disso, será instaurada a Operação Retorno, que consiste em identificar e orientar a volta das famílias. Esse trabalho é uma parceria do governo do Estado e da Prefeitura de Rio Branco.
O coronel Charles Santos, comandante-geral do CBMAC, responsável pela coordenação dos trabalhos operacionais, informou que já foram feitas a identificação nos abrigos das famílias aptas a voltarem para suas residências. “Já estabelecemos o início da limpeza das casas. Nesse primeiro momento, vamos priorizar o retorno das pessoas com deficiência (PCD), onde será feita a identificação tanto Estado e prefeitura, e os que necessitam do aluguel social e auxílio-moradia, para que eles consigam ir para esses locais”, disse.
A secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd) já disponibilizou um sacolão e kits de limpeza para cada família, informou o gestor da pasta, Lauro Santos.