Redação Planeta Amazônia
Uma área que já pertenceu à Bolívia e ao Peru e que depois de muitas lutas passou a ser do Brasil. O estado do Acre completa nesta quinta-feira, 15, 61 anos de emancipação, passando de território federal a estado pela Lei 4.070, assinada pelo então presidente João Goulart.
Na língua nativa dos índios Apurinã, primeiros habitantes do estado, Acre significa “ Aquiri”- rio dos jacarés. A partir de 1877, imigrantes nordestinos lá chegaram para trabalhar na extração do látex.
Para garantir o domínio da área, os bolivianos começaram a cobrar impostos sobre a extração da borracha e fundaram a cidade de Puerto Alonso. Após conflitos armados, a cidade foi tomada por brasileiros e rebatizada como Porto Acre. Também ocorreram problemas nos limites com o Peru. Os peruanos só foram expulsos das áreas ocupadas em setembro de 1903 e o impasse só seria resolvido por completo seis anos depois.
O desfecho dos conflitos entre bolivianos e brasileiros pelo território só aconteceu com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, no qual o Brasil adquiriu o Acre.
Com 164.123,737 Km² de extensão e 22 municípios, o estado do Acre tem como forte referência a figura do seringueiro Chico Mendes. Nascido no município de Xapuri(AC), Chico Mendes recebeu reconhecimento internacional por sua luta em favor dos seringueiros da bacia amazônica, cuja subsistência dependia da preservação da floresta e das seringueiras nativas. Pela militância ambiental, Chico despertou a ira de grandes fazendeiros locais e acabou assassinado em dezembro de 1988.
O governo do Estado do Acre realiza nesta quinta-feira, 15, a Solenidade Alusiva aos 61 anos do Estado e a substituição da Bandeira Acreana, a partir das 16h, na praça da Gameleira.