Na última segunda-feira, 22, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 3.358 focos de queimadas na Amazônia, no intervalo de 24 horas. Se comparado com dados anteriores, é a pior marca que o programa registrou em 15 anos.
A data mais recente a registrar um recorde de queimadas havia sido 30 de setembro de 2007, quando o satélite que monitora a região flagrou 3.936 focos em 24 horas.
Quase três vezes mais que o ‘Dia do Fogo’
Os 3.358 focos recentes representam ainda quase três vezes aquilo que foi visto em uma data emblemática na história de destruição do bioma: o “Dia do Fogo”.
O nome foi dado em 10 de agosto de 2019, quando fazendeiros no Pará se articularam criminosamente para provocar queimadas ilegais em diversos pontos da região. Ao todo, foram 1.173 registrados no “Dia do Fogo”.
Aquele mês de agosto de 2019 foi marcado por queimadas recordes no bioma, fazendo até mesmo que a cidade de São Paulo visse o dia virar noite por causa da fumaça vinda de queimadas na região da Amazônia.
Neste dia, a capital do Acre ficou encoberta pela fumaça, gerando material interativo na internet, comparando cenas do Lago Ness.