Áreas protegidas do Pará ganham novos agentes ambientais comunitários

Redação Planeta Amazônia

Novos agentes ambientais comunitários se formaram no Pará nesse final de semana. Com os recém-formados 25 agentes, o estado conta agora com mais de 100 voluntários especializados em monitorar a biodiversidade e promover ações de educação ambiental na região norte do Pará.

A cerimônia de formatura foi realizada durante o Encontro Pintacuia dos Agentes Ambientais Comunitários, que reuniu cerca de 60 pessoas de 12 comunidades dos municípios de Monte Alegre, Oriximiná e Faro.

Além da entrega do diploma a 25 novos agentes, o evento também proporcionou um intercâmbio de escuta e aprendizado entre voluntários que atuam há anos em suas comunidades e quem começou há pouco tempo. “Estou muito feliz de ter concluído o curso, porque lá na comunidade ainda tem algumas pessoas que não cuidam bem do meio ambiente, então teremos que conversar com eles para que todos possam fazer o certo”, afirma a aposentada a agente ambiental recém-formada Zoraide Almeida, da comunidade do Ererê, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna, em Monte Alegre.

Evento também foi oportunidade de intercâmbio entre agentes mais experientes e os que chegam agora/foto: Fernanda da Costa -Imazon

Essa troca de experiências também serviu como inspiração para que os recém-formados pudessem conhecer experiências de sucesso realizadas em outras comunidades e que podem ser implantadas nos seus territórios. “Com essa formação, as comunidades se sentem empoderadas para atuar, pois elas têm o programa de agentes ambientais comunitários como fio condutor da gestão territorial”, conta Joerisson Folter Nunes, professor e agente ambiental na Floresta Estadual de Faro desde 2017.

Agentes realizam planos anuais com ações para os territórios

Os voluntários fazem parte do Programa Agentes Ambientais Comunitários (PAAC), coordenado pelo Imazon e pelo Ideflor-Bio. Para integrar a iniciativa, os interessados participam de um curso de formação que possui conteúdos sobre legislação, áreas protegidas, educação ambiental, resolução de conflitos, monitoramento com uso de GPS e drone, combate a incêndios, sobrevivência na floresta e primeiros socorros. Depois, precisam criar um plano anual de trabalho com ações socioambientais que tragam melhorias para suas comunidades.

Além de fornecer o curso e participar da elaboração do plano de trabalho, o instituto também auxilia os agentes no custeio das ações propostas e acompanha a execução, que conta com apoio da Gordon and Betty Moore Foundation. “Esse programa de agentes ambientais comunitários é muito importante, especialmente para monitorar a questão do pescado e da madeira ilegal aqui na região. É uma capacitação que auxilia muito no combate à essas invasões”, afirmou Jorge Braga, gestor do Pema e representante do Ideflor no evento. 

By emprezaz

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