Um evento promovido nessa segunda-feira,7, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), marcou o lançamento da Coalizão Verde, uma aliança internacional pioneira voltada para a promoção do desenvolvimento sustentável da região amazônica. O seminário integrou a agenda de eventos que antecedem a Cúpula da Amazônia que começa nesta terça-feira, 8, em Belém (PA).
Entre os participantes do evento estava o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann.
A Coalizão Verde representa um passo estratégico para a conquista de dias melhores para a Floresta Amazônica e os quase 30 milhões de brasileiros que vivem no seu território. Como destacou a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, “esta coalizão entre o BNDES, o BID e bancos de desenvolvimento dos países da bacia amazônica é fundamental para o desenvolvimento da nossa região. Mais do que reduzir o desmatamento, temos que garantir mecanismos que cuidarão da nossa gente, gerando emprego e renda para que assim possamos manter a floresta em pé e viva”.
Para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a mobilização é quase um sonho iniciando a sua realização. “Durante muito tempo, a gente vem falando que é preciso mudar o modelo de desenvolvimento, a gente vem falando que não há mais capacidade de suporte entre os ecossistemas e nossa atividade econômica e que é preciso fazer não apenas uma mudança adjetiva, mas uma mudança substantiva na nossa forma de produzir, de consumir, de nos relacionarmos com os outros, com a natureza e com a gente mesmo”.
Após a assinatura da Declaração da Coalizão Verde, BNDES e BID celebraram uma carta de intenções visando à implementação do Programa de Acesso ao Crédito para MPMEs e Pequenos Empreendedores (Pro-Amazônia). “Estamos assinando uma parceria concreta entre o BNDES e o BID de R$ 4,5 bilhões. Trata-se de uma iniciativa que seguramente vai ajudar a fomentar a economia local, inclusive, aqui no Pará, na preparação para a COP”, pontuou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Também participam do evento o presidente do BID, Ilan Goldfajn; a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública); a ministra de Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad; o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; as diretoras do BNDES Natália Dias (Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis) e Tereza Campello (Socioambiental) e a integrante do Conselho de Administração do Banco Izabella Teixeira; entre outros especialistas e autoridades.
A participação do diretor-presidente do IBRAM no evento faz parte das ações estratégicas que têm sido adotadas pela instituição com o objetivo de aproximar o setor mineral das instâncias decisórias relacionadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia, bem como estreitar parcerias para a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que será realizada pelo Instituto entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro na capital paraense.
“Ampliar o debate sobre o desmatamento ilegal, combater o crime organizado e estimular o financiamento de novas economias são bandeiras do setor mineral na busca pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia”, esclarece Raul Jungmann.
A Conferência vai reunir representantes dos povos da floresta, da sociedade civil, academia, setores públicos e privados. Entre os palestrantes internacionais, estão confirmados o muito honorável primeiro-ministro da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (1997-2007), Tony Blair; o 8º secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; e o presidente da Colômbia (2018-2022), Iván Duque. Também estarão presentes o presidente do ICMM, Rohitesh Dhawan; o embaixador da UNESCO para a Sustentabilidade, Oskar Metsavaht; a ativista na Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Neidinha Suruí, entre outros.