Redação Planeta Amazônia
Depois de enfrentar dias de muitas chuvas e enchentes, aos poucos, a população de Rio Branco e dos demais municípios acreanos atingidos pela alagação, começa a voltar à normalidade com a descida do nível do rio Acre. Segundo informe da Defesa Civil Estadual divulgado na noite dessa segunda-feira, 10, o nível do rio Acre, em Rio Branco, esteve em 13, 22 metros, abaixo das cotas de alerta (13,50m) e transbordamento (14m).
Tanto prefeitura quanto o governo do estado já realizam trabalhos de limpeza e desmobilização de abrigos montados para atender as famílias atingidas pela enchente. Nessa segunda-feira, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, lançou a Operação Pós-Alagação que iniciou os trabalhos nos bairros 6 de agosto e da Base. Os trabalhos estão priorizando as vias principais, onde ocorre o grande fluxo de veículos. De acordo com o secretário de Cuidados com a Cidade, Joabe Lira, a ação conta com mais de 600 homens e 150 equipamentos para dar celeridade ao trabalho de limpeza dos bairros atingidos.
No âmbito do governo do estado, o Corpo de Bombeiros Militar do Acre(CBMAC), secretarias e órgãos estaduais também já desmobilizam os abrigos montados em algumas escolas da rede pública da capital com previsão de término nesta terça-feira, 11. O trabalho também irá permitir que as escolas possam se organizar para o retorno das aulas, previsto para a próxima segunda-feira, dia 17.
De acordo com o relatório do CBMAC e da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), durante todo o período mais crítico da alagação em Rio Branco, foram montados, ao todo, 29 abrigos, que atenderam 2.224 pessoas.
Segundo o boletim de acolhimento também divulgado pelo governo do estado, sete municípios foram atingidos por cheias, mas apenas três continuam com abrigos montados: Rio Branco, Brasileia e Porto Acre. Há 547 famílias desabrigadas e o total de pessoas acolhidas é de 1.691.
Relembre
O drama vivido no Acre teve início no dia 23 de março, quando fortes chuvas atingiram a capital Rio Branco e o nível do rio Acre subiu de forma intensa. No dia 24, o governo do estado decretou situação de emergência. Na capital, 48 bairros foram atingidos. No interior, cidades como Brasileia ( a mais de 153 km de Rio Branco) ficaram praticamente embaixo d’água. Ações coordenadas pelos governo municipal e estadual montaram uma rede de assistência às famílias, além de mobilizações para arrecadação de donativos. O governo federal também enviou medicamentos e recursos para minimizar os prejuízos.