Desmatamento no Amazonas avança as margens da BR-319

Por redação do Planeta Amazônia

De janeiro a outubro, foram derrubados quase 10 mil km² de floresta na Amazônia, o equivalente a mais de seis vezes a cidade de São Paulo. Apenas em outubro, foram 627 km² desmatados. uma redução de 22% em relação a outubro de 2021, quando o desmatamento somou 803 quilômetros quadrados. Na lista dos estados que mais desmataram estão Pará (56%), Amazonas (12%), Mato Grosso (11%), Acre (9%), Rondônia (6%), Roraima (3%) e Maranhão (3%).

O Amazonas concentrou mais de ⅕ do desmatamento do último ano na Amazônia, com 2,6 mil km2 de floresta derrubada, atrás somente do Pará. Se consolidou como o 2º estado com maior desmatamento, posição que era tradicionalmente ocupada pelo Mato Grosso desde os anos 1990. A explosão do desmatamento no sul amazonense está associada ao avanço da fronteira agrícola nessa região, bem como obras de infraestrutura, como a repavimentação do “trecho do meio” da BR-319.

As margens da estrada estão os municípios que mais causam devastação no estado: Lábrea, Canutama, Humaitá, Tapauá, Manicoré, Beruri, Borba, Manaquiri, Careiro, Autazes, Careiro da Várzea e Manaus.

“A intensificação do desmatamento no sul do Amazonas, especialmente em Lábrea e Humaitá se dá principalmente pela proximidade dessa região com duas fronteiras do agronegócio, que são o Acre e Rondônia”, explicou Mariana Napolitano, do WWF-Brasil.

By emprezaz

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