Redação Planeta Amazônia
Cuidar da floresta e das pessoas que nela vivem está no DNA da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), organização da sociedade civil que atua há mais de 15 anos contribuindo para a conservação do bioma e a melhoria da qualidade de vida dessas populações. No Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, a fundação apresenta alguns de seus principais projetos e resultados voltados para a proteção da floresta amazônica e sua biodiversidade.
Por meio de projetos nas áreas de educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias, a FAS registrou, somente em 2022, a redução de 12% no desmatamento em locais onde atua. No período de 2008 a 2021, a redução de desmatamento foi de 40%.
“Nossa atuação é estratégica, pensando na conservação e valorização da maior floresta tropical do mundo e de sua gente. As populações atendidas pela FAS abraçam voluntariamente o compromisso do ‘desmatamento zero’, é uma atitude que reverbera para além dos projetos, é algo que eles estendem para seus cotidianos. Dessa forma, nós caminhamos em prol da conservação do bioma amazônico”, explica o superintendente geral da FAS, Virgilio Viana.
Empreendedorismo
O Programa de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da Amazônia (Pensa) da FAS utiliza os princípios da Tecnologia Social para formar empreendedores e apoiar o desenvolvimento de negócios sustentáveis. A iniciativa atende 583 comunidades de 16 Unidades de Conservação (UCs), formando pessoas e oportunizando recursos para desenvolver negócios sustentáveis na região.
“O empreendedorismo sustentável tem um enorme potencial na Amazônia e representa a oportunidade de gerar emprego e renda para famílias vulneráveis, mantendo a floresta em pé. Os negócios apoiados pela FAS respeitam e valorizam as riquezas da região, reduzindo o desmatamento e contribuindo para a manutenção da biodiversidade”, destaca Viana.
Somente no ano passado, os negócios sustentáveis apoiados pelo Pensa da FAS faturaram R$ 7 milhões. Ao todo, foram 62 empreendimentos apoiados, 582 famílias atendidas e R$ 124 mil em créditos destinados a esses negócios.
Floresta em Pé
A conservação ambiental passa pelo fortalecimento da bioeconomia como alternativa econômica para as populações ribeirinhas da Amazônia. O Programa Floresta em Pé (PFP) da FAS atua junto às comunidades para desenvolver projetos e captar recursos para viabilizar essas demandas. As ações têm foco no empoderamento comunitário, infraestrutura, bioeconomia e monitoramento ambiental.
Uma das contribuições do PFP é na promoção de feiras para comercialização de peixe de origem sustentável, manejado por ribeirinhos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá. As feiras ocorrem na sede da FAS, em Manaus, onde os produtores vendem o pescado diretamente ao consumidor, resultando em geração de renda para as famílias que acreditam no valor da floresta em pé. Somente na última edição da Feira do Tambaqui, promovida em agosto, os manejadores lucraram R$ 125 mil com as vendas.
Educação
A educação e valorização da juventude também estão no centro da conservação da Floresta. Uma das iniciativas da FAS nesta área é o Projeto de Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas da Amazônia (Dicara), que atende o público de 0 a 17 anos em comunidades ribeirinhas e bairros periféricos do interior do Amazonas. As atividades visam a proteção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes, além do empoderamento desse público, o que os coloca como futuras lideranças que também vão atuar para a conservação ambiental em seus territórios.
O projeto atua no desenvolvimento de habilidades e potencialidades já existentes dessas crianças e adolescentes, por meio da oferta de cursos como informática, música, liderança jovem, educação ambiental e artesanato, por exemplo. Um dos resultados do programa inclui a diminuição em 87% na evasão escolar, entre 2019 e 2022, nas comunidades atendidas pelo Dicara.
“Não existe conservação da Amazônia sem a proteção de sua gente e, consequentemente, das futuras gerações que precisam desse bioma“, destaca Viana.
