Documentário fala sobre a abertura da pesca em Limoeiro do Ajuru – PA

Por redação do Planeta Amazônia

A abertura da pesca na região de Limoeiro do Ajuru – PA, tem ganhado visibilidade nacional pelo número de pessoas que participa do evento e pelo seu impacto social e econômico no município, devido às dezenas de barcos pesqueiros que conseguem recolher toneladas de peixes durante a festividade, em especial, o mapará , peixe típico de água doce.

O Projeto de Extensão Culturas Territorializadas no Baixo Tocantins e Marajó, do Campus Cametá da Universidade Federal do Pará, desenvolveu uma série de oficinas  que resultou no curta documentário “Abertura da Pesca em Limoeiro do Ajuru: transformações no espaço-tempo e sua diversidade cultural”. O produto visual busca mostrar a abertura da pesca na região após o período de defeso, em que a pesca é proibida para que as espécies locais possam reproduzir e crescer.

“Para os alunos de graduação, foi importante, porque é a continuidade de outras pesquisas de outros projetos que desenvolvemos. Ao mesmo tempo também que esses alunos são envolvidos na atividade da pesca, eles são filhos de pescadores, são ribeirinhos e, dessa forma, são sujeitos diretamente envolvidos no que estamos tratando. Por outro lado, buscamos ajudar a compreender todo esse processo da abertura da pesca que envolve o município de Limoeiro e as áreas ribeirinhas junto dos alunos. Foi possível observar que os alunos ressignificaram seus conhecimentos e puderam repensar aquilo que já tinham como certo na vivência da realidade a partir de um olhar acadêmico, científico e artístico”, informa o professor Mário Arnaud, coordenador das oficinas e da produção.

Alunos do projeto de extensão que produziram o documentário

“A proposta do projeto me motivou bastante. Sou ribeirinha e acompanhei o processo de transformação na pesca artesanal, ocasionado por projetos hegemônicos como a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, que reconfiguram o território, e o processo de resistência das comunidades pesqueiras, em se organizar para defender o seu direito de ter acesso ao pescado e aos seus meios de sobrevivência. Isso precisa ser mostrado, conhecido e pesquisado”, aponta Ariete Pastana, graduanda do curso de Geografia que participou das oficinas e da produção do curta documental.

Para a produção do curta, o Projeto de Extensão Culturas Territorializadas no Baixo Tocantins e Marajó desenvolveu oficinas de filmagem em diversos municípios, com a participação de integrantes do projeto, estudantes dos cursos de Geografia e Letras,  e sujeitos envolvidos com as comunidades. Em Limoeiro do Ajuru, as oficinas foram direcionadas a pescadores, com foco no uso das redes sociais para a divulgação dos acordos de pesca realizados. 

By emprezaz

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