Enchentes já afetam 100 mil pessoas no Acre e governo atua na assistência aos munícipios

Redação Planeta Amazônia

Diante da situação de calamidade pública que o Estado do Acre enfrenta devido às enchentes dos rios, o governo do Estado está realizando um trabalho incessante para prestar assistência aos 19 municípios afetados.

De acordo com a Defesa Civil, o número de pessoas afetadas pela alagação já ultrapassa mais de 100 mil em todo o Acre. Dentro desse quantitativo estão as pessoas desabrigadas, desalojadas e aquelas que, mesmo com a chegada das águas, não saíram de suas casas.

O trabalho diário de retirada das famílias das áreas alagadas está sendo conduzido pelas equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e demais órgãos que estão unidos nesta ação. Além disso, o governo montou uma força-tarefa para garantir o envio de água, cestas básicas, materiais de limpeza, higiene pessoal e medicamentos às cidades afetadas.

Comandante do Corpo de Bombeiros destaca o trabalho realizado em todo o estado, com o apoio e união dos órgãos governamentais/foto: Dhárcules Pinheiso_Sejusp

“Em todo o estado, o Corpo de Bombeiros e outros órgãos de segurança e governamentais estão prestando apoio às prefeituras visando atender a população. Dentro dessa estrutura, estamos utilizando barcos, veículos e motores para garantir o auxílio às famílias”, explica o comandante do Corpo de Bombeiros, Cel. Charles Santos.

Desde a última semana, o Corpo de Bombeiros tem atendido às demandas provenientes da enchente, que teve início em Assis Brasil com a inundação da Bacia do rio Acre, afetando mais de 100 famílias. Posteriormente, ocorreram as primeiras vítimas das enxurradas dos igarapés em Rio Branco, seguidas pela enchente do rio Acre, que já impacta os municípios de Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Porto Acre, Plácido de Castro, Capixaba, Xapuri, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Feijó, Tarauacá, Santa Rosa, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Mâncio Lima.

Fornecimento

Os donativos estão sendo arrecadados por diversas secretarias e instituições. Com o objetivo de reforçar a ação, o Estado relançou a Campanha Juntos Pelo Acre, que está recebendo doações na Biblioteca de Rio Branco e também via PIX: SOS2024. Estão sendo arrecadadas cestas básicas, água mineral, kits de limpeza e higiene pessoal.

Para garantir o abastecimento de água e dar suporte ao município de Brasileia, o Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre) enviará caminhões-pipa para manter o fornecimento nas regiões atingidas e atender de forma emergencial os abrigos da cidade.

O município de Brasileia também sofre com o aumento no nível das águas/foto: Marcos Vicentti_Secom

A Secretaria de Estado de Saúde atua para levar assistência médica e insumos indispensáveis para garantir a continuidade dos atendimentos, principalmente nos municípios mais prejudicados, como Jordão e Brasileia. O governo, por meio da Sesacre, solicitou com urgência ao Ministério da Saúde (MS) o envio de kits de calamidade para socorro imediato às famílias afetadas. Os kits são compostos por 32 medicamentos e 16 insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos, além de luvas e seringas.

Nesta quinta-feira, o governador Gladson Cameli esteve visitando municípios do interior castigados pela cheia como Jordão, Santa Rosa do Purus e Tarauacá. A secretária Extraordinária Dos Povos Indígenas, Francisca Arara, também participou da visita e aproveitou para afinar a logística para a entrega de sacolões nas aldeias da região.

Na cidade, o governador foi até as áreas atingidas e ao abrigo montado na escola Padre Paolino. Ele falou com os abrigados e reforçou apoio à cidade. “Tudo que eu puder fazer para amenizar o sofrimento de vocês eu vou fazer”, disse.

O nível do rio atingiu a marca de 10,77 metros, 1,77 metro acima da cota de transbordamento, que é 9 de metros. Mas, chegou a 11,12 metros nos últimos dias.

O município, que tem 6.723 habitantes, tem enfrentado a pior enchente da história, atingindo 3.607 pessoas na cidade. Até esta quinta, 521 pessoas estão desabrigadas e outras 960 desalojadas. Seis abrigos públicos atendem a população, sendo um destinado a pessoas com problemas de saúde que precisam ficar isoladas.

By emprezaz

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