Estados da Amazônia Legal terão R$ 115 milhões em 2023 para investimentos em Bioeconomia

Da redação do Planeta Amazônia

Os nove estados que integram o Consórcio Amazônia Legal (CAL) terão R$ 115 milhões para investir no Programa Regional de Fortalecimento da Bioeconomia e Cadeias Produtivas de Baixo Carbono em 2023. Outros R$ 5 milhões vão cobrir custos comuns em Ciência e Tecnologia e Inovação. O valor, composto por contribuições previstas no orçamento de cada estado, é 15% maior do que o total disponibilizado em 2022.

“Esse aumento mostra a disposição dos governos da Amazônia Legal de investir na bioeconomia”, afirma o coordenador da Câmara Setorial de Planejamento do CAL, Eduardo Tavares, secretário de Planejamento do Amapá. Os números foram apresentados no estande do CAL na COP27 não representam todo o investimento dos estados em bioeconomia. Trata-se apenas do recurso para as ações conjuntas no âmbito do Consórcio, cujo papel, segundo o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro O’ de Almeida, “é aglutinar o conhecimento gerado em cada um dos Estados”.

O Pará, por exemplo, pretende desenvolver 89 ações com recursos provenientes de várias fontes, incluindo US$ 30 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). No painel em que o financiamento da Bioeconomia foi tratado, os secretários de Meio Ambiente discutiram com potenciais financiadores de projetos – entre eles o BID e o BNDES – formas de facilitar o acesso aos recursos. “Todos sabemos os pontos a serem atacados, mas muitas vezes não temos condições de superar a burocracia”, alertou o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira.

Como exemplo dessa dificuldade, Taveira citou a falta de prestadores de serviços credenciados pelos bancos de fomento no interior dos Estados da Amazônia Legal. “Muitas vezes, por falta de um mecânico credenciado, nós temos de trazer uma máquina quebrada para ser reparada em Manaus, o que implica um tempo e um custo maiores até a retomada da atividade”, explicou.

Para o superintendente de Gestão Pública e Socioambiental do BNDES, Júlio Costa Leite, há condições de facilitar esse processo. No caso específico da Amazônia Legal, também haveria espaço para ampliar o crédito para a região, uma vez que o recurso emprestado até o momento é menor do que o PIB regional. A secretaria-executiva do Funbio, Rosa Lemos, defendeu que o fomento à bioeconomia siga o modelo adotado para o agronegócio, “que foi bem sucedido”. Ao gerar escala. “Há um risco maior na bioeconomia, é verdade, mas o maior risco é o risco climático, social e ambiental”, afirmou.

By emprezaz

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