O Acre foi o estado escolhido para sediar o evento por já atuar de forma consolidada com o turismo indígena.
Com informações da Agência de Notícias do Acre
Durante dois dias, sociedade civil e autoridades de outros Estados e do Acre puderam conhecer um pouco da cultura indígena do Acre. O I Encontro Internacional de Etnoturismo da Amazônia aconteceu nos dias 20 e 21, com programação no Teatro Hélio Melo e no Hotel Jardins Guest House.
O evento é uma realização do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Empreendedorismo e Turismo, em parceria com as Rotas Amazônicas Integradas (RAI).
A RAI, formada pelos 7 Estados que compõem a região Norte, visa potencializar o turismo da região de forma conjunta. Este ano, o eixo a ser trabalhado é o etnoturismo.
O Acre foi o estado escolhido para sediar o evento por já atuar de forma consolidada com o turismo indígena.
“Esse primeiro Encontro tem uma representação ímpar para o desenvolvimento do turismo sustentável da região Norte. O Acre é um exemplo no desenvolvimento das atividades turísticas em terras indígenas e na sustentabilidade. Isso elegeu o Estado como referência para o lançamento deste segmento importante promovido pela RAI”, explica Bruno de Brito, diretor de Turismo de Roraima e coordenador da RAI.
Primeiro dia
Com a presença dos secretários da região Norte, exceto Amapá, o primeiro dia aconteceu com apresentações, painéis e cases de sucesso no Teatro Hélio Melo.
O governador Gladson lembrou que esteve recentemente na Aldeia Indígena Recanto Verde, da etnia Nukini, em Mâncio Lima, e viveu uma experiência única.
“Quero convidar todos vocês a conhecerem uma de nossas aldeias. Com palavras não consigo externar a energia dessa vivência. Eu saí me sentindo leve, me sentindo bem. Precisamos preservar essa cultura linda e maravilhosa”, declarou o governador.
O representante da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) reforçou o aumento na procura por turismo de experiência.
“Não podemos perder essa oportunidade de colocar esses Estados da região Norte, com exuberâncias naturais, como destinos para esses turistas. Temos uma parceria com as Rotas Amazônicas Integradas e queremos fortalecer o turismo de vivência”, reforçou Gentil Venâncio, representante da Embratur.
Manoel Kaxinawá, conhecido por Maná, representante dos povos indígenas do Acre, diz que eventos como esse valorizam e dão visibilidade à cultura indígena, fazendo com que ela se perpetue.
Cases de sucesso, como o da Loja Made in Acre que lançou uma coleção em parceria com a etnia Yawanawá, da Aldeia Nova Esperança, chamaram atenção dos participantes.
Segundo dia
O evento encerrou neste sábado com um city tour pela cidade de Rio Branco e uma vivência com os povos Huni kui e Yawanawá no Hotel Jardins Guest House.
Na parte da manhã, autoridades e convidados fizeram visita guiada à importantes pontos turísticos de Rio Branco, como Praça da Revolução, Palácio Rio Branco e Novo Mercado Velho.
A tarde, organizado pela operadora especializada em Etnoturismo do Acre, Ayshawã Travel, participaram de vivência indígena.
A atividade fez com que os visitantes pudessem mergulhar de maneira mais profunda na cultura indígena, através da pintura corporal, uso das medicinas sananga e rapé.
“É um momento fantástico. Temos vivências no Amazonas, mas não a esse nível com essa proximidade com a cultura, com a sabedoria indígena. Estou muito feliz de ter vindo ao Acre”, destaca Raissa Tavares, chefe do departamento de produtos e projeto da Diretoria de Turismo do Amazonas.
A ideia do evento foi atrair os olhares do mundo para a grandiosidade e beleza da cultura indígena da região Amazônica.