Redação Planeta Amazônia
A reabertura para permitir a saída espontânea de garimpeiros que atuam de forma ilegal na região foi anunciada nessa segunda(6) e vai durar uma semana. De acordo com informações da FAB, foram criados três corredores aéreos e as aeronaves terão autorização de voo desde que se mantenham dentro dos parâmetros estabelecidos pelas novas regras. Os corredores aéreos são de seis milhas náuticas de largura, o que equivale a cerca de 11 quilômetros, informou a FAB.
Pistas de pouso em terras indígenas
Um levantamento feito pelo Mapbiomas revela a quantidade de pistas de pouso localizadas em territórios indígenas. A área que lidera o ranking é justamente a Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, que é cortada por 75 pistas de pouso. Segundo os dados apurados, um terço delas ( 33,7%) está a 5 km ou menos de algum garimpo. Também figuram no ranking de terras indígenas com mais pistas de pouso a TI Raposa Serra do Sol, também em Roraima, com 58 pistas; terras indígenas Kayapó ( 26 pistas) e Munduruku (21 pistas), ambas no estado do Pará e o Parque do Xingu ( 21 pistas) , no Mato Grosso. Ao todo, o Mapbiomas identificou 2.869 pistas na Amazônia entre autorizadas e não autorizadas. Este número é mais do que o dobro das contabilizadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela FAB, vão estar sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo ( MPEA), que vão desde a identificação da aeronave, pedidos de mudança de rota e pouso obrigatório até tiros de advertência e os chamados tiros de detenção, que são disparos com a finalidade de provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave transgressora.
A saída de garimpeiros ilegais da terra indígena Yanomami ( RR) é uma reivindicação antiga das comunidades da região que apontam a ação do garimpo como a principal causa das mazelas que vitimizaram vários indígenas.
