Governador de Roraima faz balanço de participação na Conferência do Clima, em Dubai

Redação Planeta Amazônia

Durante cinco dias, o governador de Roraima, Antonio Denarium, participou da programação da COP 28 (28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento estimulou diálogos entre diplomatas, lideranças, entidades governamentais e organizações públicas e privadas de todo o mundo, no debate e na definição de políticas para minimizar os impactos das mudanças climáticas no mundo.

O governador participou de parte dos principais painéis do evento, inclusive os referentes ao Consórcio da Amazônia Legal, que reuniu os chefes de Executivos estaduais da região.

O governador participou de parte dos principais painéis do evento, inclusive os referentes ao Consórcio da Amazônia Legal, que reuniu os chefes de Executivos estaduais da região/foto: Secom RR

Ele fez um balanço da participação de Roraima no evento, afirmando que as discussões sobre meio ambiente também precisam levar realmente em consideração quem vive, conhece e produz nas várias regiões da Amazônia.

“Trabalhamos políticas sérias de preservação e trabalhamos em parceria para combater ilicitudes ambientais junto aos órgãos federais responsáveis. E também acreditamos que uma maneira de garantir a legalidade é observar o produtor que trabalha obedecendo o Código Florestal Brasileiro, que é o mais completo e restritivo do mundo. Nesse caso não existe motivo para os países criarem barreiras ou sanções em relação aos produtos brasileiros”, afirmou.

Ele complementou afirmando ainda que “o Brasil tem leis e elas devem ser cumpridas da mesma forma que respeitamos a de todos os países nas transações comerciais e no sistema de produção. De maneira legal, responsável e adequada, nossos agricultores e pecuaristas têm ações balizadas pelo Código Florestal e estão legalizados para as atividades e aptos a comercializarem suas produções, com sustentabilidade”, enfatizou.

PROGRAMAS RORAIMENSES

Denarium também apresentou na conferência o Projeto de Grãos, voltado à agricultura familiar e familiar indígena, iniciativa inédita no Brasil. O programa do Governo de Roraima estimula a protagonização de comunidades para a utilização das próprias áreas na produção de milho, feijão, mandioca e outras culturas que ajudam a dar dignidade e oportunidade às populações indígenas, além de incentivar a autonomia social, econômica e financeira das comunidades.

A exposição ocorreu no painel “Sistemas Agroalimentares: cadeias produtivas sustentáveis, bioeconomia e inclusão produtiva”.

Governador de Roraima apresentou na conferência o Projeto de Grãos, voltado à agricultura familiar e familiar indígena, iniciativa inédita no Brasil/foto: Secom RR

“Destaquei a importância de soluções inclusivas e sustentáveis e a adoção por todos os Estados da Amazônia de práticas importantes, como as que estão dando certo no nosso Estado. O Projeto de Grãos da agricultura familiar e familiar indígena é uma realidade que oportunizou a integração direta de centenas de produtores em um processo que antes não tinham participação. Não existe economia rica com povo pobre, como também não existem projetos vitoriosos se não incluirmos as pessoas nestes processos. E é por isso que sempre reforço sobre a necessidade de colocarmos em prática políticas públicas que possibilitem resultados para a nossa gente e para o desenvolvimento sustentável do Estado”, explicou o governador.

A programação incluiu ainda o diálogo com outros governadores sobre o interesse de diversas instituições mundiais em investir recursos para que assim como Roraima, outros estados também tenham a oportunidade de ser exemplo no Brasil e no mundo, pelo aumento da área plantada e da produtividade de forma sustentável e sem desmatamento.

O presidente da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Glicério Fernandes, participou de vários painéis voltados a questões e acredita que a COP 28 trará grandes avanços para a Amazônia.

Ele ressaltou que, para isso, é importante que os projetos saiam do papel e cheguem à implantação, considerando que não se pode separar o meio ambiente das pessoas que ocupam esses espaços. “Roraima tem 94% de seu território preservado e devemos ser observados como exemplo, pois comparado a vários Estados brasileiros, estamos entre os melhores índices do Brasil em preservação. Mas não adianta apenas ocuparmos essa posição se nossa gente estiver abandonada e esquecida quando se pensa em políticas públicas voltadas ao meio ambiente”, reforçou o presidente.

By emprezaz

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