Governadores da Amazônia discutem, hoje, no Egito, desenvolvimento de baixa emissão de carbono

Da redação do Planeta Amazônia

A conferência do Clima da Onu – COP27, realizada em Sharm El-Sheikh, no Egito, entra nesta segunda-feira (14) numa semana decisiva. Líderes de todo o planeta pretendem definir como colocar em prática medidas contra os efeitos da crise climática. Os governadores da Amazônia que participam do encontro devem ser reunir na quarta-feira (16) com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, para definir estratégias de combate ao desmatamento e desenvolvimento para região.

Os governadores aproveitam a COP27 para formalizarem parcerias que possibilitem financiamentos para ações de baixa emissões de carbono.

“É fato que existem infrações e existem opções (de controle do desmatamento) nacionais e subnacionais que precisam ser reforçadas. Precisamos mostrar ao País e ao mundo que não compactuamos com irregularidades ambientais”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), defendeu que o Estado adota um sistema avançado de monitoramento, que detecta em até 48 horas focos de desmatamento ilegal. “Quando assumi (Mendes foi reeleito neste ano), só 5% do desmatamento era ilegal. Hoje são 38%”, afirmou Mendes. O governador enfatizou que o Código Florestal será o balizador das ações do Estado nos próximos anos.

Os governadores adotaram tons diferentes quando trataram da influência de Lula sobre a visão da comunidade internacional em relação ao País. Barbalho disse que Lula tem “capacidade de reativar o protagonismo nacional” no exterior. Já Mendes afirmou que “muito além do comportamento deste presidente (Jair Bolsonaro) ou do próximo (Lula)”, o mundo está preocupado com a Amazônia. “Nos últimos tempos, governadores assumiram seu papel”, afirmou.

O governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), afirmou que “Lula não é presidente da direita ou da esquerda, mas do povo brasileiro”. Cameli também pediu celeridade nas ações. “Temos de falar menos e agir mais. Daqui a um ano (na próxima COP), o que estaremos falando?”, questionou.

Outro tema que deve ser abordado no encontro com Lula será a necessidade de mecanismos que facilitem aos governos estaduais estabelecer acordos com outros países. Atualmente, há restrições neste sentido, tendo em vista que acordos internacionais firmados pelo País preveem acordos entre nações.

Também integram o Consórcio Interestadual Amazônia Legal, presidido interinamente por Barbalho, os governadores de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos) e de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), presentes no evento, e do Amapá, Antônio Waldez Góes (PDT).

By emprezaz

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