Redação Planeta Amazônia
O Fundo Amazônia reativado pelo presidente Luiz Inácio Lula (PT) é uma das principais apostas do governo para recompor o orçamento de fiscalização das políticas ambientais paralisadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
O objetivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas coordenada pela ministra Marina Silva conta com o recebimento de novas doações nesse início de gestão para retomar os trabalhos dos órgãos como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).
A gestão de Lula tem deixado indícios aos parceiros internacionais sobre sua prioridade com o Fundo Amazonia e as políticas ambientais em gerais. A sinalização é justamente porque os recursos destinados ao fundo podem ser destinados a própria administração federal.
O governo de Lula desde sua campanha vem mostrando seu interesse na defesa das causas ambientais no país, que no governo de Bolsonaro foram negligenciadas, causando altos índices de desmatamento, resultando o mês de novembro de 2022, o acumulo da vegetação devastada ser o maior em 15 anos, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Fonte: Imazon
A relação de interesse do governo brasileiro é uma ideia compartilhada também pelos atuais e futuros doadores do fundo, segundo fontes do governo do Brasil e também das embaixadas de países europeus.
O ministro do Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, afirmou em nota que avalia fazer novos aportes futuros. “Não atingiremos as metas climáticas do Acordo de Paris a menos que sejamos capazes de impedir a perda de florestas tropicais no mundo”, destaca o ministro norueguês.
O acumulado desde janeiro chegou a 10.286 km², o que equivale à devastação de 3 mil campos de futebol por dia. Essa é a pior marca para o período em 15 anos. Foto: Reprodução
A Alemanha é a segunda maior doadora, já negociou um novo contrato de doação logo após eleições presidenciais. O investimento é de £ 35 milhões, cerca de R$ 194 milhões. O Reino Unido também estudar fazer doações ao fundo, afirmou a embaixada no Brasil.