Redação Planeta Amazônia
Nessa segunda-feira, 19, em Mâncio Lima, interior do Acre, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) protocolou no cartório o pedido de reconhecimento étnico das últimas 80 pessoas que faltavam do Povo Indígena Puyanawa.
Fruto de uma união de esforços e representando uma conquista histórica, mais de 400 indígenas Puyanawa já estão com a documentação com o seu nome étnico inserido. A iniciativa possibilita que cada indígena preserve a identidade cultural e acesse diversos serviços e benefícios disponíveis aos povos originários.
O cacique Joel Puyanawa destacou a ação como uma das mais importantes conquistas do Povo Puyanawa. “Essa adição do nome étnico aos nossos documentos é uma conquista muito importante que conseguimos ao longo da nossa existência. Agradecemos ao governo do Estado e aos parceiros que estão trazendo de volta uma honra que tínhamos perdido”, pontuou.
De acordo com Andréia Guedes, assessora executiva de Assuntos Indígenas e Comunidades Tradicionais, a ação é a realização de um compromisso firmado. “É um momento de muita alegria, pois nós estamos encerrando com êxito um projeto que começou no final do ano de 2022. Com o reconhecimento étnico, estamos fazendo uma reparação histórica ao Povo Puyanawa”, disse.
Com sua documentação em mãos, Evanisia Puyanawa comemorou os resultados que trouxeram benefícios. “Como indígena Puyanawa, defino essa ação como muito importante e como reconhecimento ao nosso povo. Isso significa cidadania, reafirmação de direitos, valorização de um povo que tem toda uma história”, contou.
Essa ação contou com a parceria do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Além de Andréia Guedes, também estiveram presentes no ato, ao lado do cacique Joel Puyanawa, a diretora de Direitos Humanos, Joelma Pontes, e o diretor de Assistência Social, Hilquias Almeida.