Redação Planeta Amazônia
O Ministério Público de Rondônia, por meio de seu Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, atento às causas sociais, se solidariza com as famílias desabrigadas e desalojadas pela enchente no Estado do Acre, em especial na capital, Rio Branco.
Dessa forma, a Instituição conclama a sociedade rondoniense a ajudar os irmãos do estado vizinho, acolhendo a campanha do Ministério Público do Acre, que, além de receber doações em sua sede, também disponibiliza uma conta corrente para ajuda financeira, que será revertida em alimentos e outros itens a serem distribuídos aos atingidos.
A campanha organizada pela Associação do Ministério Público do Acre (Ampac) destaca que os interessados em fazer doações de qualquer valor em dinheiro devem utilizar os seguintes dados: Banco do Brasil, agência: 2359-0, conta corrente: 14.300-6. Ou ainda PIX: 63.589.899/0001-40 (CNPJ).
O MPRO reforça o momento difícil que acometeu quase 40 (quarenta) mil pessoas. A maioria perdeu todos os seus pertences pessoais, documentos, e está em abrigos do estado. “Nossa solidariedade ao povo acreano, que vive a maior enchente dos últimos oito anos”, destacou o PGJ, enfatizando que aqueles que puderem colaborar, que entrem nesta corrente do bem.
Governador do Acre anuncia medidas assistenciais para ajudar população atingida
O governador do Acre, Gladson Cameli, anunciou na noite dessa terça-feira, 28, em pronunciamento, medidas assistenciais para ajudar a população prejudicada pelo transbordamento dos igarapés que cortam a capital e do Rio Acre, em decorrência das fortes chuvas.
Aos servidores públicos estaduais afetados pelas inundações, o governo antecipará 50% do valor da primeira parcela do 13º salário e a cota referente ao terço de férias. O repasse será feito mediante requerimento do trabalhador. O Estado também confirmou o pagamento, em parcela única, do programa Auxílio do Bem para dez mil famílias diretamente atingidas pela enchente.
Também foram assegurados pelo governo acreano recursos para custear o aluguel social aos moradores que tiveram suas residências destruídas pela força das águas. A concessão do benefício terá duração de três meses.“Estamos fazendo tudo para cuidar das pessoas e dar esperança para o futuro”, disse o governador.
De acordo com o último boletim alagação divulgado pela Defesa Civil estadual, o nível de medição do rio Acre, em Rio Branco, esteve em 16,91m, ultrapassando a cota de alerta ( 13, 50m) e também, a cota de transbordamento (14m). Segundo o Boletim do Acolhimento, cinco municípios foram atingidos por cheias, sendo eles: Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia e Epitaciolândia e Xapuri. Há um total de 722 famílias desabrigadas, sendo 2.708 pessoas e 39 abrigos foram montados.
Dados atualizados
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar divulgados pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco, nesta quarta-feira, 29, o Acre contabiliza 14.763 pessoas atendidas durante esse período de alagamento.
Com base nas medidas de emergência e cooperação institucional realizadas até o momento, 2.791 pessoas encontram-se desabrigadas e 2.755 desalojadas – aquelas que saíram de casa, mas não para abrigo, foram para casa de familiares ou amigos. Cerca de 2.558 ocorrências foram registradas devido à cheia do rio Acre. Na capital acreana, 88 bairros foram atingidos pela alagação. O poder público montou 29 abrigos, que recebem 1.478 pessoas desabrigadas. Também em Rio Branco, 1.022 pessoas estão desalojadas e 344 militares compõem o efetivo de ajuda à população.
Situação no interior do estado
O município de Assis Brasil tem 4 bairros atingidos pela enchente. 419 pessoas estão desabrigadas, 74 desalojados e 97 ocorrências foram assistidas pelo poder público, que conta com um efetivo de 150 pessoas ajudando. Em Xapuri, 4 bairros atingidos, 57 desabrigados, 259 desalojados e 105 ocorrências atendidas. Um efetivo de 62 profissionais está atuando na cidade. Em Brasiléia, foram montados 6 abrigos, 8 bairros atingidos, 464 desabrigados e 8.482 desalojados. A cidade tem um efetivo de 879 militares trabalhando. Epitaciolândia tem 5 bairros atingidos, 412 desabrigados, 550 desalojados e um efetivo de 56 trabalhadores atuando.