No AC, MPF dá parecer favorável à ação de indenização por desmatamento em Reserva Extrativista Chico Mendes 

Redação Planeta Amazônia

O Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) concedeu um parecer favorável a ação do Instituto de Estudos da Amazônia (IEA), que pedia uma indenização pelo desmatamento na Reserva Extrativista Chico Mendes, encontrada em sete municípios acreanos.

A ação que aponta a destruição de 147 mil hectares de floresta dentro da reserva no período de 2005 a 2021, demandava um pagamento indenizatório no valor de R$ 283,8 milhões por parte da União, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Com o parecer, o MPF pede para se tornar autor da ação junto ao IEA e solicita audiência pública na Resex Chico Mendes para ouvir comunidades envolvidas para poder dimensionar os danos socioambientais. Já que essas áreas de florestas são ocupadas por populações extrativistas.

O procurador Lucas Costa Almeida Dias explica que a devastação da área de floresta protegida vai impactar todo o mundo, em vista dos danos causados ao meio ambiente. “É que as ações de degradação da Resex não impactam somente a população extrativista que dela depende diretamente, mas também a toda população em níveis regional, nacional e internacional, de forma indireta, pois o impacto decorrente dos danos causados ao meio ambiente gera efeitos reflexos, não se limitando a localidade em que foram causados”, argumentou o procurador.

Imazon mostra que entre julho e setembro a Resex Chico Mendes foi a área de proteção ambiental mais ameaçada e pressionada pelo desmatamento — Foto: Reprodução

Reserva Chico Mendes

A Reserva Extrativista Chico Mendes foi criada em 1990 e foi pioneira no conceito de unidade de conservação de uso sustentável, onde as populações tradicionais têm a permissão de, não apenas morar dentro da Resex, mas também realizar o extrativismo de bens naturais, como a castanha, a borracha e o açaí.

Localizada na porção sul do estado do Acre. Atualmente abriga mais de 25 mil pessoas nos sete estados acreanos que sobrevivem do extrativismo tradicional.

By emprezaz

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