Os desafios de Marina na jornada que começa nesta quarta no ministério do Meio Ambiente

Redação Planeta Amazônia

A acreana Marina Silva (Rede) com mais de quatro décadas de militância nas causas ambientais, abriu mão da cadeira na Câmara para assumir o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. A coordenadora de políticas ambientais foi a 12ª deputada mais votada em São Paulo e assume hoje em cerimônia de transmissão de posse que está agendada para às 16h no Salão Nobre do Palácio do Planalto. 

Durante a campanha, Marina afirmou que a política ambiental, desta vez, deve ser uma diretriz central do governo e não limitada ao Ministério do Meio Ambiente “como era na minha época como ministra”. No atual cenário, a sustentabilidade aparece como uma oportunidade dupla: tanto pela iminente necessidade de controle à crise climática — e o papel central que o Brasil pode ter nesse contexto, devido à Floresta Amazônica — quanto pela oportunidade econômica que o ambientalismo representa nos dias atuais.

“Temos de investir em atividades públicas sustentáveis, como agricultura de baixo carbono, reflorestamento de milhões de hectares, geração de energia com redução de CO2, criação de unidades de criação de unidades de conservação de terras indígenas e viabilização de uma autoridade nacional para riscos climáticos”, disse Marina. 

A acreana nascida na capital Rio Branco, dentro da floresta amazônica destaca que quer incluir o mercado de carbono na reforma tributária, que pode começar a ser discutida no Congresso em abril, e defende a criação de estruturas específicas para as questões climáticas, como uma secretaria especial, como a pasta chefiada por John Kerry, nos Estados Unidos, ou uma autarquia para questões climáticas, aos moldes da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear, como defendeu na COP 27.

Tendo o Brasil um papel central na comissão do clima da ONU, que ocorreu no Egito. Onde as Comitivas estaduais conquistaram investimentos na economia verde, e o presidente Lula usou o evento para promover a imagem de que o país está de volta à cena e seria uma nação importante nas relações internacionais. 

Em sua posse, o presidente Luiz Inácio da Silva Lula assinou dois decretos que fazem aceno à política ambiental. Um deles reativa o Fundo Amazônia que já conquista investidores. O Reino Unido sinalizou que pretende doar fundos para a preservação da Floresta, a Alemanha quer enviar 200 milhões de reais e a Noruega indicou investimentos na ordem de 3 bilhões de reais.

Outra medida tomada por Lula diz respeito a um dos desafios de Marina Silva à frente do novo cargo. Onde o petista revogou o Pró-Mape, criado pelo Ministério de Ricardo Salles para estimular a “mineração artesanal”. Durante a campanha, Marina não cansou de falar do desmatamento na Amazônia, do aumento das pistas aéreas clandestinas para servir ao tráfico de madeira e drogas e das atividades de garimpo ilegal na floresta amazônica.

Marina Silva 

Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima, mais conhecida como Marina Silva nasceu em Rio Branco, no Acre, no dia 8 de fevereiro de 1958. É uma historiadora, professora, psicopedagoga, ambientalista e política brasileira, filiada à Rede Sustentabilidade (REDE) e atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil. 

Ao longo de sua carreira política, exerceu os cargos de senadora pelo Acre entre 1995 e 2011 e de ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008 e novamente desde 2023, além de candidatar-se nas eleições de 2010, 2014 e 2018 à presidência da República. Marina foi a candidata que compareceu a mais debates televisionados, totalizando 21 participações.

By emprezaz

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