Parlamentares da região Norte discutem temas estratégicos para estados durante reunião no Acre

Cassandra Castro

Os altos preços das passagens aéreas, o Projeto Amapá – Águas Profundas e a viabilidade do Projeto Multimodal Manta ( Equador)/Manaus(Brasil), foram apenas alguns dos assuntos tratados durante a 3ª Reunião ampliada do colegiado de Deputadas e Deputados do Parlamento Amazônico (Parlamaz) realizada nesta quarta-feira, 31, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). O encontro contou com a participação de 47 deputados que debateram sobre o desenvolvimento e dificuldades enfrentadas pelos estados que integram a Amazônia Legal “Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

47 parlamentares participaram do encontro realizado em Rio Branco (AC)/foto: Sérgio Vale

As atividades foram abertas com as boas vindas dadas aos participantes pelo presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga. Ele agradeceu a presença de cada um dos parlamentares e destacou que da reunião vão sair estratégias para contribuir com a resolução de problemas ainda enfrentados no Norte do país. “Nós, do Poder Legislativo Acreano, nos sentimos imensamente honrados pela presença de vocês, valorosos parlamentares empenhados em construir o desenvolvimento dos estados amazônicos. Essa luta é o que nos une. Desta forma, podemos traçar estratégias que contribuam com a resolução de problemas. Daqui sairemos com novas propostas e ações”, afirmou.

O governador Gladson Cameli (Progressista) destacou a importância do encontro. Agradeceu ainda a presença dos parlamentares e afirmou que vai entrar em contato com os governadores dos estados representados para solicitar uma reunião com o presidente da República. “Agradeço a presença de todos, fiz questão de nominar em meu discurso cada parlamentar que se deslocou de seu respectivo estado para participar desse encontro, pois isso representa muito para nós. Vou repetir o que disse em minha posse: se não tivermos a consciência de estarmos unidos e fazermos uma frente junto ao Governo Federal para reivindicarmos pelos nossos estados, não avançaremos”, disse.

O encontro é um fórum de debates a respeito dos principais assuntos de interesse dos estados da Amazônia Legal/foto: Sérgio Vale

A presidente do Parlamento Amazônico, deputada Edna Auzier (PSD) destacou a importância dos encontros do Parlamaz. “Já realizamos 13 reuniões do parlamento, iniciamos em Rondônia, Acre e finalizaremos em Tocantins. Após isso, faremos uma carta geral sobre tudo que foi discutido, mas, com as reivindicações específicas de cada estado em anexo”.  No caso do estado do Acre, a pauta tratada foi a da aviação, um assunto que precisa de resolução urgente, na avaliação da parlamentar. “Precisamos dar celeridade a este tema, a população precisa de mobilidade tanto terrestre quanto área e os acreanos sofrem com essa carência”, afirmou Auzier.

Outro assunto que foi debatido durante a reunião foi o da exploração de Petróleo no Amapá. O chefe de gabinete de Relações Institucionais da Petrobras, Marcelo Ramos, chefe do gabinete de Relações Institucionais da Petrobras, fez uma exposição sobre a exploração do Petróleo no Amapá. Ramos apresentou o Projeto que a Petrobras quer realizar na Margem Equatorial Brasileira para verificar o potencial de exploração de petróleo na área localizada a 540 km da foz do Rio Amazonas. O assunto tem sido amplamente divulgado pela imprensa e é objeto de polêmica entre os que defendem o potencial econômico e energético da região e os que acreditam que uma eventual exploração no local pode gerar impactos ambientais.

Ramos esclareceu pontos relacionados ao projeto e disse que a Petrobras pediu no dia 25/05, que o Ibama reconsidere a decisão tomada em 17/05 que indeferiu o pedido de estudo na área feito pela empresa. “ A solicitação da Petrobras é simples: é que o Ibama desarquive o processo e notifique a Petrobras para que a empresa possa manifestar o que já atende e providenciar as adequações necessárias para viabilizar o estudo”, afirmou Marcelo Ramos. Ele também explicou que a tendência é de que, caso seja comprovada a viabilidade de exploração de petróleo no local, isso possa ser revertido para o estado do Amapá num montante estimado de R$ 15 bilhões de reais, além da possibilidade de exploração de R$ 1 trilhão de reais que seriam divididos na forma de impostos entre os estados que também integram a área , como o Pará e o Maranhão.

A presidente do Parlamaz que é deputada pelo Amapá disse que o Parlamento Amazônico irá reiterar este pedido ( da Petrobras)  o mais rápido possível para que possam ser cobradas as providências. “Nós queremos sair da pobreza, é preciso essa união de esforços. Vamos ser um competidor forte com quem já explora fora do Brasil. Eu vou a Brasília para brigar pelo nosso Petróleo”, afirmou Edna Auzier.

By emprezaz

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